24/Apr/2025
O Fundo Monetário Internacional (FMI), no relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO), cortou suas projeções para o crescimento do Brasil neste e no próximo ano, antevendo o efeito das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na economia global. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve avançar 2,0% em 2025 e não mais 2,2% como previu em janeiro último. Trata-se de uma desaceleração ainda mais intensa em relação a 2024, quando o País cresceu 3,4%. Nesse ritmo, o Brasil deve crescer bem abaixo dos seus pares emergentes e em desenvolvimento, que tendem a acelerar o passo e avançar 3,7% neste ano. No entanto, o País tende a se expandir acima das economias avançadas, cuja projeção é de alta de 1,4% em 2025, e em linha com a América Latina e Caribe, cuja estimativa é de avanço 2%.
O FMI também está menos otimista com a expectativa de crescimento do Brasil em 2026 e espera que a atividade doméstica mantenha o ritmo de expansão de 2,0% no próximo ano, e não de 2,2% como estimava inicialmente. O Brasil ficou no grupo dos países menos afetados pelo tarifaço de Trump, com uma alíquota de apenas 10%. No entanto, economistas têm alertado para os efeitos de um mundo mais adverso no PIB local. Por sua vez, a inflação no Brasil deve se agravar mais. O índice de preços ao consumidor (IPCA) deve alcançar 5,3% neste ano contra 4,4% em 2024. Em um cenário de menor crescimento e maior inflação, o desemprego no Brasil deve aumentar. O FMI vê o indicador em 7,2% neste ano e 7,3% no próximo. Em 2024, o índice de desemprego no Brasil era de 6,9%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.