ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

17/Apr/2025

China impõe condições para negociar com os EUA

A China quer ver uma série de medidas por parte do governo norte-americano antes de concordar com as negociações comerciais bilaterais, incluindo demonstrar mais respeito ao conter comentários depreciativos de membros do governo chinês. Outras condições incluem uma posição mais consistente dos Estados Unidos e uma vontade de abordar as preocupações da China em relação às sanções norte-americanas e a Taiwan. A China também quer que os Estados Unidos indiquem uma pessoa que será diretamente responsável pelas negociações, que tenha o apoio do presidente e possa ajudar a preparar um acordo que Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping possam assinar quando se encontrarem.

Nesta quarta-feira (16/04), a China nomeou um novo negociador comercial de alto escalão, Li Chenggang, que será o provável interlocutor nas negociações que o governo chinês espera iniciar com o governo norte-americano. Li é embaixador da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) desde 2021, uma organização que se tornou praticamente impotente para resolver disputas comerciais desde o primeiro mandato de Donald Trump, e é formado em Direito pela Universidade de Pequim. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em um comunicado na terça-feira (15/04) que "a China precisa fechar um acordo conosco".

Na terça-feira (15/04), o governo norte-americano afirmou que a China está sujeita a pagar tarifas de até 245% para exportar seus produtos para os Estados Unidos. No fim da semana passada, a China elevou as tarifas retaliatórias a produtos dos Estados Unidos, de 84% para 125%, mas também sinalizou que não pretende mais acompanhar eventuais novos aumentos de tarifas, com a alegação de que não faria sentido do ponto de vista econômico. A China já tem conhecimento de que alguns de seus produtos exportados aos Estados Unidos estão sujeitos a tarifas que, somadas, chegam a 245%, informou nesta quarta-feira (16/04) o Ministério do Comércio chinês.

Isso expõe plenamente o grau irracional a que chegou a prática dos Estados Unidos de instrumentalizar e militarizar as tarifas. O governo chinês já deixou clara sua posição sobre a "imposição unilateral" de sobretaxas por parte dos Estados Unidos. A China não se deixará levar por esse jogo insignificante de tarifas promovido pelo governo norte-americano. No entanto, se os Estados Unidos insistirem em prejudicar substancialmente os interesses chineses, a China contra-atacará com firmeza e lutará até o fim. Fontes: Broadcast Agro e Bloomberg. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.