16/Apr/2025
A China determinou que as companhias aéreas do país não aceitem mais entregas de aviões da Boeing, como parte da guerra comercial com os Estados Unidos que levou o presidente Donald Trump a impor tarifas de 145% a bens chineses. O governo chinês também pediu que as companhias aéreas do país suspendam quaisquer compras de equipamentos e peças para aeronaves de empresas norte-americanas. A China Southern Airlines, uma das três maiores companhias aéreas estatais da China, decidiu suspender a venda de 10 aeronaves Boeing 787-8 Dreamliner usadas.
A medida ocorre após uma diretriz do governo chinês que proíbe as companhias locais de adquirirem equipamentos e peças de empresas norte-americanas. A venda fazia parte de um plano da aérea para renovar a frota e substituir os modelos da Boeing por aviões maiores e mais modernos, em linha com a expansão da malha internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China de renegar acordos comerciais com agricultores dos Estados Unidos e com a Boeing, em publicação em rede social divulgada nesta terça-feira (15/04).
"Nossos agricultores são grandes, mas por sua grandeza, são sempre colocados na linha de frente com nossos adversários, como a China, sempre que há uma negociação comercial ou, neste caso, uma guerra comercial", escreveu. O republicano disse que os chineses foram "brutais" com o setor, assim como estão sendo ao "não tomar posse" do compromisso total com aeronaves da Boeing, na avaliação de Trump. A Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) incentivou as empresas de importação e exportação do país a superarem os desafios apresentados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos ao expandirem-se em mercados diversificados para contrapor as incertezas externas com a certeza do próprio desenvolvimento. Fontes: Bloomberg e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.