16/Apr/2025

A Comissão Europeia está pressionando negociações para apaziguar a guerra comercial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas algumas regras do bloco europeu não estão em debate, particularmente no que se refere à saúde e segurança alimentar. O comissário de Comércio da União Europeia, Maros Sefcovic, esteve nos Estados Unidos para encontro com o representante comercial norte-americano, Jamieson Greer, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick. Na reunião, as autoridades discutiram a proposta da União Europeia para que ambos os lados eliminem tarifas sobre bens industriais, o chamado acordo tarifário zero por zero, e sobre cadeias de suprimentos para semicondutores e produtos farmacêuticos. Um acordo zero por zero. Isso abriria enormes oportunidades para as montadoras de ambos os lados do Atlântico.

A União Europeia e os Estados Unidos fizeram poucos progressos esta semana para superar as divergências comerciais, com autoridades do governo do presidente Donald Trump sinalizando que a maior parte das tarifas impostas ao bloco não será retirada. O chefe de Comércio da União Europeia, Maros Sefcovic, saiu da reunião com pouca clareza sobre a posição norte-americana, tendo dificuldades para entender os objetivos dos Estados Unidos. As autoridades norte-americanas indicaram que as tarifas "recíprocas" de 20% (reduzidas temporariamente para 10% por 90 dias) e outras tarifas aplicadas a setores como automóveis e metais não serão eliminadas completamente. Segundo a Capital Economics, a União Europeia está relutante sobre retaliar as tarifas dos Estados Unidos; e deve manter essa postura cautelosa. O bloco europeu provavelmente se movimentará lentamente e qualquer retaliação será moderada.

Isso limitará os danos de uma guerra comercial para a Europa e é a razão para pensar que as medidas não serão inflacionárias para a zona do euro. A reposta da União Europeia até o momento foi mais suave do que o esperado em relação as tarifas sobre aço e alumínio. E o bloco não fez nada concreto até o momento em resposta a tarifas dos Estados Unidos sobre automóveis e recíprocas, que afetaram uma porção mais ampla das exportações europeias. A Europa também parece séria sobre conquistar um acordo comercial com os Estados Unidos, incluindo com sugestões de autoridades sobre zerar tarifas sobre bens industriais, diminuir tarifas sobre carros americanos e importar mais gás natural dos Estados Unidos. Além disso, seria difícil para os países-membros concordarem com aprovação de tarifas sobre serviços digitais, que atingiria big techs dos Estados Unidos, ou de um pacote de medidas "anti coerção" com novas políticas comerciais. Fontes: Broadcast Agro e Bloomberg. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.