15/Apr/2025
“Belém é uma cidade esburacada na Amazônia, quente, pontilhada de esgoto a céu aberto e com poucos leitos de hotel.” É assim que reportagem publicada pela revista britânica The Economist define a capital do Pará, que em novembro será sede da COP30. A publicação afirma ainda que a cúpula certamente será caótica. As principais críticas são em relação às dificuldades de Belém para acomodar os negociadores do clima que desembarcarão no Pará em novembro. A revista destaca que a cidade de 1,3 milhão de habitantes possui leitos de hotel suficientes para apenas 18 mil visitantes. Espera-se que outros 5 mil turistas se hospedem em navios de cruzeiro que ficarão ancorados em um porto próximo.
Escolas públicas e quartéis estão sendo equipados com ar-condicionado e beliches para se tornarem ‘albergues’. O que normalmente são ‘motéis do amor’ também será uma opção. A The Economist também aponta algumas obras que estão sendo realizadas em Belém como parte dos preparativos. Um trecho de 13 Km de floresta intocada foi derrubado para dar lugar a uma rodovia para aliviar o tráfego. Alguns projetos de infraestrutura exigiram a dragagem e o preenchimento de rios e canais de esgoto com concreto. Em entrevista às agências internacionais, em julho, o presidente Lula já apontou que haveria problemas e destacou que são inerentes à escolha por fazer a COP pela primeira vez na Amazônia.
Faltando sete meses para a COP30, o governador do Pará, Helder Barbalho, afirma que Belém estará pronta para o evento, apesar das críticas internacionais sobre infraestrutura e hospedagem. Barbalho garante que haverá leitos suficientes e que as obras deixarão legado para a população. O governador reforçou que a COP não é nem de esquerda, nem de direita e pediu discurso ambiental mais realista. O evento pode transformar Belém na "capital da Amazônia" e destino turístico internacional. Fontes: Broadcast Agro e O Globo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.