14/Apr/2025
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou março com alta de 0,56%, ante um avanço de 1,31% em fevereiro. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,04%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 5,48% até março, ante taxa de 5,06% até fevereiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,51% em março, após uma elevação de 1,48% em fevereiro. Com o resultado, o índice acumulou alta de 2,00% no ano. A taxa em 12 meses mostrou alta de 5,20%, ante taxa de 4,87% até fevereiro. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados.
A alta de 0,56% registrada pelo IPCA em março foi o resultado mais elevado para o mês desde 2023, quando havia subido 0,71%. Em março de 2024, a taxa tinha sido de 0,16%. A taxa em 12 meses é a mais alta desde fevereiro de 2023, quando estava em 5,60%. Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 1,17% em março, após alta de 0,70% em fevereiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,25% para o IPCA, que subiu 0,56% no mês. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 1,31% em março, após ter avançado 0,79% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,77%, ante alta de 0,47% em fevereiro. A alta de 22,55% no tomate exerceu a maior pressão individual sobre a inflação de março, uma contribuição de 0,05% para a taxa de 0,56% registrada no mês pelo IPCA.
Figuraram ainda no ranking de principais pressões sobre o IPCA de março o café moído (0,05%), a passagem aérea (0,04%), o ovo de galinha (0,04%) e o cinema, teatro e concertos (0,04%). Na direção oposta, o principal alívio partiu do contrafilé, com queda de 3,40% e influência de -0,02%. Os preços de Transportes subiram 0,46% em março, após alta de 0,61% em fevereiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,10% para o IPCA, que subiu 0,56% no mês. Os preços de combustíveis tiveram alta de 0,46% em março, após avanço de 2,89% no mês anterior. A gasolina subiu 0,51%, após ter registrado alta de 2,78% em fevereiro, enquanto o etanol avançou 0,16% nesta leitura, após alta de 3,62% na última.
O grupo Despesas pessoais saiu de um avanço de 0,13% em fevereiro para alta de 0,70% em março. O grupo contribuiu com 0,07% para a taxa de 0,56% do IPCA do último mês. A maior contribuição partiu do subitem cinema, teatro e concertos. Houve uma alta de 7,76%, decorrente da recomposição do ingresso após a promoção da semana do cinema, que ocorreu em fevereiro. O grupo Vestuário saiu de uma estabilidade (0,0%) de preços em fevereiro para alta de 0,59% em março. O grupo contribuiu com 0,03% para a taxa de 0,56% do IPCA do último mês. As maiores contribuições partiram dos aumentos nos calçados e acessórios (0,65%), na roupa feminina (0,55%), na roupa masculina (0,55%) e na roupa infantil (0,29%). Todos os nove grupos que integram o IPCA registraram altas de preços em março.
Os avanços ocorreram em Habitação (com aumento de 0,24%, uma contribuição de 0,04% para o IPCA do mês), Educação (0,10%, impacto de 0,01%), Alimentação e bebidas (1,17%, impacto de 0,25%), Transportes (0,46%, impacto de 0,09%), Despesas pessoais (0,70%, impacto de 0,07%), Saúde e cuidados pessoais (0,43%, impacto de 0,06%), Artigos de residência (0,13%, impacto de 0,00%), Comunicação (0,24%, impacto de 0,01%) e Vestuário (0,59%, impacto de 0,03%). Todas as 16 regiões investigadas registraram altas de preços em março. Os alimentos voltaram a subir em março, pelo sétimo mês consecutivo, o que tem pressionado a inflação acumulada em 12 meses. O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma elevação de preços de 0,70% em fevereiro para uma alta de 1,17% em março. Em 12 meses, os preços dos alimentos acumulam um aumento de 7,68%, ante uma taxa de 5,48% registrada pelo IPCA.
Os cultivos de alimentos têm sofrido consequências de problemas climáticos, o que reduz a oferta de produtos, influenciando aumentos de preços. A expectativa é de que, com a chegada das chuvas e o clima mais ameno, isso se reverta. Passada a influência do bônus de Itaipu sobre o grupo habitação, o IPCA desacelerou na passagem de fevereiro para março. A inflação desacelerou, mas ainda veio num patamar de outubro e dezembro do ano passado, que foram meses em que houve pressões de alimentos. O IPCA em 12 meses permanece muito acima da meta de inflação de 3,00% perseguida pelo Banco Central, cujo teto de tolerância é de 4,50%. Está quase 2,5% acima da meta de inflação, e neste mês de março a gente tem influência ainda forte dos preços dos alimentos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.