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14/Apr/2025

China elevou as tarifas retaliatórias sobre os EUA

A China elevou sua tarifa retaliatória sobre importações dos Estados Unidos, de 84% para 125%. A nova tarifa entrou em vigor no sábado (12/04). O governo chinês também sinalizou que não vai mais igualar eventuais novas elevações de tarifas pelos Estados Unidos, com o argumento de que as importações norte-americanas não são mais comercializáveis nos níveis atuais. O Conselho Estatal da China afirmou que mesmo que os Estados Unidos continuem impondo tarifas mais altas, isso não fará mais sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial. Se os Estados Unidos seguirem impondo tarifas a bens chineses exportados para os Estados Unidos, a China vai ignorar.

Em reunião realizada em Pequim, o presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, destacaram a importância da cooperação com a Espanha em um momento de crescente tensão comercial global. O encontro com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também serviu para reforçar a oposição das duas nações ao protecionismo e às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Xi Jinping afirmou que "não há vencedores em uma guerra tarifária" e que confrontar o mundo apenas levaria a isolamento. O líder chinês destacou que a China não tem medo de qualquer tipo de repressão injusta, reiterando a confiança do país em sua capacidade de manter um desenvolvimento econômico sustentável, mesmo diante das adversidades externas.

Segundo comunicado do governo chinês, a China está disposta a trabalhar com a Espanha para manter uma abordagem aberta e pragmática diante da complexa situação internacional. Os dois países estão comprometidos a expandir a colaboração em áreas emergentes, como inteligência artificial, economia digital e novas energias. Sánchez destacou que a Espanha está disposta a aproveitar esta oportunidade para fortalecer a cooperação com a China. A Espanha apoia o diálogo e a resolução de divergências por meio da negociação. Xi ainda destacou que as tarifas dos Estados Unidos prejudicam gravemente a ordem econômica e comercial internacional e têm um impacto negativo significativo na economia global.

A China está disposta a intensificar a comunicação e coordenação com a Espanha e a União Europeia, defendendo o sistema multilateral de comércio centrado na Organização Mundial do Comércio (OMC). Os líderes também discutiram a ampliação da colaboração em áreas como cultura, educação, ciência e tecnologia, e turismo, com o objetivo de consolidar ainda mais os laços entre os dois países. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também deve visitar Pequim para uma cúpula com Xi no fim de julho, segundo o South China Morning Post.

Além disso, Xi Jinping visitará o Vietnã, a Malásia e o Camboja nesta semana. Será sua primeira viagem ao exterior desde novembro. Os três países do Sudeste Asiático são parceiros comerciais próximos dos Estados Unidos e da China. Com o acesso ao mercado norte-americano drasticamente restringido, a China tem falado sobre aprofundar laços com outras nações asiáticas. A China também contatou Europa, Austrália e Arábia Saudita, sugerindo um trabalho em conjunto para lidar com as tarifas do presidente Donald Trump. Muitos desses países, porém, estão receosos de serem inundados com produtos chineses de baixo custo que não podem mais ser vendidos nos Estados Unidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.