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14/Apr/2025

Comércio entre a China e os EUA está inviabilizado

O limite da escalada de tarifas de importação recíprocas entre Estados Unidos e China não importa mais. O gigante asiático anunciou que vai elevar sua tarifa retaliatória sobre importações dos Estados Unidos, de 84% para 125%, o que passou a valer no sábado (12/04). A China, porém, avisou que não pretende mais igualar eventuais novas elevações de tarifas pelos Estados Unidos. Estes aumentos em sequência de alíquotas já não importam mais. O comércio entre as duas maiores potências econômicas do globo já se tornou inviável. Outra notícia entre as trocas dos dois países, porém, é vista como positiva para o Brasil. De acordo com a Folha de São Paulo, a China já cortou 60% dos fornecedores de carne bovina dos Estados Unidos, com um total de 392 estabelecimentos passando por suspensão de transações. O argumento oficial, porém, é o descumprimento de regras sanitárias.

A medida vem depois que o Departamento de Alfândegas da China (GACC) anunciou a suspensão de importações de duas empresas de carne de aves dos Estados Unidos desde o dia 4 de abril, o que também foi interpretado como uma oportunidade para os produtos brasileiros. No Brasil, a ordem do Palácio do Planalto aos ministérios envolvidos é continuar as negociações com os Estados Unidos. O presidente Donald Trump havia taxado o Brasil em 10%, o que num primeiro momento seria uma “vantagem comparativa” relativa a outras economias que sofreram com tarifas maiores. Recentemente, no entanto, o republicano recuou, fazendo com que todas as nações, menos a China, tivessem esse mesmo patamar de alíquotas.

Após essa pausa determinada por Donald Trump de 90 dias, o governo brasileiro vê espaço para diminuir a alíquota doméstica de 10%. Na sexta-feira (11/04), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, teve uma reunião por videoconferência com o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, a pedido do governo chinês. A conversa antecede uma nova viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático, prevista para maio. O presidente da China, Xi Jinping, esteve no Brasil em novembro do ano passado, quando assinou com o governo brasileiro 37 atos, com acordos incluindo áreas como agricultura e indústria, além de um plano de cooperação por sinergias entre programas brasileiros e o "Belt and Road". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.