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11/Apr/2025

Brasil poderia diversificar a exportação para China

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) afirmou que o Brasil tem um desafio de ampliar as exportações para a China, diversificando produtos e aumentando a quantidade de empresas aptas para essas vendas. O problema não está naquilo que o Brasil vende para a China, ao contrário. O problema está naquilo que o Brasil poderia estar vendendo e não está vendendo para a China. São cerca de 3 mil empresas que exportam para a China para 30% do total da exportação brasileira, ao passo que para os Estados Unidos, que responde por 15% das exportações do Brasil, são 10 mil empresas envolvidas.

É importante que mais empresas brasileiras se beneficiem dessas oportunidades, desse mercado que é grande e que cresce muito. A China tem barreiras tarifárias relativamente baixas no setor comercial, apesar de casos de escalada tarifária, como o café. Não são as tarifas que impedem que o Brasil tenha mais participação no mercado chinês. A explosão de comércio Brasil-China reflete a complementaridade econômica entre os dois Países. O Brasil é competitivo em commodities, e se beneficiou do boom de commodities internacionais e do apetite chinês. Ao mesmo tempo, a China, ao longo dessas décadas, se tornou a potência industrial que é, fazendo com que o perfil importador brasileiro de bens originários da China seja o que é hoje, muito marcado por insumos e bens de capital.

A consequência desse quadro é que o Brasil tem uma baixa diversificação da pauta exportadora, muito concentrada em soja, petróleo e minério de ferro, e com baixa participação de itens de maior intensidade tecnológica na pauta. É “inescapável” constatar a complexidade, a dualidade do relacionamento comercial com a China. Ao mesmo tempo que a China responde por uma parcela muito relevante do superávit comercial, é impossível não destacar a pressão das importações chinesas sobre determinados setores industriais brasileiros. Também foi mencionada a presença mais marcante da China nos dois últimos anos em bens de consumo e veículos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.