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11/Apr/2025

Mudança no comércio global e relação Brasil-China

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) afirmou que o mundo está passando por um momento delicado do ponto de vista das relações comerciais, com aumento de protecionismo, tensões geopolíticas crescentes, crise do multilateralismo e governança do comércio internacional em xeque. Ao mesmo tempo, há o retorno de políticas industriais, que afetam o cenário internacional e a competição global, aceleração da transformação global, trazendo ganhos de produtividade, impactando o comércio global, e essa interseção crescente entre comércio e desenvolvimento sustentável, cria oportunidades interessantes para o Brasil.

Esse conjunto de elementos aponta para mudanças importantes na ordem internacional, que também impactam a relação bilateral. Brasil e China comemoraram 50 anos de relações diplomáticas em 2024. Em 1974, a China representava menos de 1% de tudo que o Brasil exportava, menos de 1% de tudo que o Brasil importava, uma relação muito diferente da atual. A exportação brasileira para a China cresceu 5 mil vezes, as importações 28 mil vezes, e o comércio bilateral cresceu cerca de 7 mil vezes em 50 anos. É extraordinária a evolução do nosso comércio exterior com a China, do seu ponto de vista dos números.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil procura se posicionar como um fornecedor confiável de alimentos para a China, um fornecedor com o qual a China pode contar em alimentos saudáveis e um parceiro comercial que tem interesse em se valorizar, em se posicionar como tal. Para determinadas commodities, não tem mercado para substituir a China, mas o governo brasileiro tem interesse em expandir sua rede de parceiros comerciais. Isso não tem relação com a China, mas com a dinâmica comercial. Como exemplo, as negociações entre Mercosul e Singapura, com a União Europeia e a EFTA, além de Emirados Árabes. O esforço do governo brasileiro é ampliar a rede de acordos comerciais, intensificar esforços de promoção comercial e trabalhar na competitividade do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.