10/Apr/2025
O governo dos Estados Unidos está revisando seu plano de impor altas taxas portuárias a embarcações construídas na China para reduzir o impacto nas exportações norte-americanas. O novo plano do governo Donald Trump é basear as taxas principalmente na capacidade da embarcação, resultando em taxas mais baixas para navios menores que chegam a portos como Los Angeles, Nova York, Savannah, Geórgia, e Oakland, Califórnia. O Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) também busca reduzir as taxas cobradas de navios que transportam exportações agrícolas, como soja e madeira. O plano original do USTR, anunciado em fevereiro, era cobrar de embarcações construídas na China entre US$ 500.000 e US$ 1,5 milhão por escala. Companhias de navegação e grupos comerciais alertaram que as taxas resultariam em custos mais altos para os consumidores norte-americanos, prejudicariam as exportações agrícolas e ameaçariam os empregos dos estivadores do país. Operadores de contêineres disseram que reduziriam suas escalas para portos norte-americanos pela metade.
Uma viagem típica da Ásia envolve, em média, quatro escalas em portos norte-americanos. O Representante Comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou ao Comitê de Finanças do Senado que o governo estava revisando o plano com base no feedback público. O plano de taxas portuárias faz parte de um esforço do governo Trump para reativar a construção naval nos Estados Unidos, que está atrasada em relação a outros países. O USTR está reduzindo as taxas planejadas à medida que a guerra comercial com a China se intensifica, sobrecarregando importadores e exportadores americanos com custos mais altos. Duas grandes operadoras europeias de porta-contêineres disseram ao The Wall Street Journal que suspenderam pelo menos 30 pedidos de novos navios em estaleiros chineses e estão procurando transferi-los principalmente para estaleiros coreanos e alguns para estaleiros japoneses, dependendo das regras finais de taxas portuárias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.