09/Apr/2025

O Ministério da Agricultura estuda a ampliação das linhas de crédito dolarizadas para melhorar a oferta de crédito rural, diante dos atuais elevados juros do mercado. A ideia do governo é ampliar a captação internacional de recursos já para o próximo Plano Safra 2025/2026, que começa em 1º de julho. Diante de uma taxa básica de juros excessivamente alta, o desafio é manter o setor com linhas de crédito suficientes para a demanda e para o crescimento da agropecuária. Uma das alternativas são as linhas dolarizadas para o financiamento da agropecuária, lançadas em 2023, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

O Ministério da Agricultura está tratando do desafio de juros altos com outros ministérios e com a iniciativa privada. A Agricultura aposta na captação internacional para oferta de recursos com juros mais atraentes ao setor. Hoje, as linhas dolarizadas estão voltadas a investimento com taxas que variam de 8% a 9% ao ano para compra de máquinas, equipamentos e armazéns para produtores com receita atrelada à exportação. A captação internacional desses recursos com juros internacionais mais baratos é para aqueles produtores que têm um hedge natural na comercialização dos seus produtos atrelado a cotações internacionais.

Essa pode ser a grande alternativa para ampliar ainda mais os recursos disponíveis, muito provavelmente, com juros abaixo de dois dígitos. Neste modelo, segundo Fávaro, a ideia é focar a oferta de recursos com taxas de juros subvencionadas pelo Tesouro a médios produtores que não têm a receita concentrada em exportação de produtos agrícolas. É por aí que o governo está trabalhando para que o Plano Safra bata novo recorde de recursos disponíveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.