09/Apr/2025
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) defendeu nesta terça-feira (08/04) um novo modelo de financiamento para o agronegócio brasileiro, com menor dependência do Tesouro e maior participação privada. Não cabe mais, no tamanho da produção agropecuária do Brasil, o Estado ser o responsável por subsidiar juros do Plano Safra. Não tem quem pague essa conta. O governo teria de aportar cerca de R$ 30 bilhões para equalização de taxas e seguros em um plano de R$ 100 bilhões. Foram defendidos instrumentos como a Lei do Agro, o Fiagro e o uso de fundos de investimento como alternativa para produtores médios e grandes. Foram criadas condições para acessar crédito com menos burocracia, desafetando área parcial da propriedade e permitindo o uso coletivo por cooperativas. A segurança é fator central para atrair capital. Os gargalos logísticos, como a fila de caminhões no Arco Norte foram alvo de críticas.
Comparando com a resposta norte-americana a problemas na hidrovia do Mississippi, que foram resolvidos em dois anos. Melhoraram vagões, trilhos e infraestrutura. No Brasil, se fala em Ferrogrão e Bioceânica há décadas. A FPA cobrou urgência na reforma do modelo de seguro rural. A extinção do Proagro foi criticada e apenas R$ 5 bilhões foram contratados em seguros entre 2015 e 2025, em um universo de R$ 400 bilhões em operações. A FPA protocolou no Senado um projeto para criar um fundo de catástrofes nos moldes norte-americanos. Quem tiver apólice robusta paga menos juros. E se não usar, o dinheiro volta para o produtor. Sem avanço na garantia e no financiamento privado, o agro perderá eficiência. A porteira para fora segue atrapalhando a porteira para dentro. O agro brasileiro tem responsabilidade socioambiental, respeita a lei e é o que mais produz com menor custo. Mas precisa de condições reais para continuar competitivo no mundo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.