09/Apr/2025

A China ameaçou retaliar ainda mais os Estados Unidos se o presidente Donald Trump cumprir com a ameaça de aumentar as tarifas sobre produtos chineses em mais 50%. O Ministério do Comércio informou nesta terça-feira (08/04) que a China tomará resolutamente contramedidas para salvaguardar seus próprios direitos e interesses caso o governo norte-americano amplie a taxação. A imposição das chamadas tarifas recíprocas é completamente infundada e uma prática típica de intimidação unilateral. A China já havia anunciado uma tarifa geral de 34% sobre produtos norte-americanos, o mesmo percentual que Trump impôs sobre as importações de itens chineses.

Após a retaliação chinesa, o presidente dos Estados Unidos falou em criar uma nova taxa de 50%. A China voltou a criticar as tarifas recíprocas dos Estados Unidos e afirmou que "está pronta para lutar até o fim" caso o governo norte-americano leve adiante a aplicação das sobretaxas. O Ministério do Comércio chinês declarou que se opõe "firmemente" à ameaça do republicano de aplicar tarifas adicionais de 50% sobre produtos importados do país asiático a partir desta quarta-feira (09/04). A imposição de 'tarifas de reciprocidade' pelos Estados Unidos carece totalmente de fundamento e representa uma típica prática unilateral e de intimidação.

As contramedidas já adotadas pela China visam proteger sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento. A ameaça dos Estados Unidos de intensificar as tarifas contra a China é um erro sobre outro, e mais uma vez revela sua natureza coercitiva, algo absolutamente inaceitável para a China. Foi ressaltado que não há vencedores em uma guerra comercial e que o protecionismo não oferece saída. Pressões e ameaças não são formas adequadas de se dialogar com a China, que pede que os norte-americanos corrijam imediatamente seus erros e cancelem todas as tarifas unilaterais contra a China. Além disso, a China iniciou uma disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas recíprocas dos Estados Unidos.

A China questiona medidas dos Estados Unidos que impõem uma tarifa adicional de 10% sobre importações de todos os parceiros comerciais, com início em 5 de abril, além de uma tarifa adicional de 34% especificamente sobre produtos importados da China, que entra em vigor nesta quarta-feira (09/04). A China afirma que as medidas são inconsistentes com as obrigações dos Estados Unidos sob várias disposições do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) de 1994, do Acordo sobre Valoração Aduaneira e do Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.