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09/Apr/2025

EUA: tarifas mais elevadas entrarão em vigor hoje

O representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou que tarifas recíprocas mais elevadas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, entrarão em vigor nesta quarta-feira (09/04) e defendeu que elas devem reduzir o déficit comercial do país. O governo norte-americano busca mais acesso ao mercado para a agricultura. Cerca de 50 países estão buscando negociações sobre as tarifas, mas a China não indicou que quer trabalhar em prol da reciprocidade, afirmou ao mencionar um "caminho particular" tomado pelos chineses há anos e que a não retaliação de alguns países "é a direção certa". Segundo Greer, há uma diferença entre a China e outros países nas negociações, e os Estados Unidos estão abertos para ideias para alcançar comércio recíproco. Trump "deixou claro" que não fará isenções tarifárias no curto prazo, mas que países como Argentina, Vietnã e Israel já sugeriram que reduzirão suas tarifas.

Já há conversas com o Japão há semanas. Muitos países dependem das exportações para os Estados Unidos. Para o representante do Comércio, é preciso esperar os dados para verificar se haverá impactos das tarifas nos preços e as empresas que dependem de importações da China e Ásia devem enfrentar maiores desafios. A melhor maneira de ter certeza dos preços é fabricar produtos nos Estados Unidos, afirmou. As negociações sobre as tarifas serão realizadas "país por país" e o sucesso da política tarifária também será julgado com base em cada país. A maioria dos países disse que não retaliará e está buscando informações sobre as medidas que podem tomar, afirmou. Segundo Greer, produtos farmacêuticos e semicondutores foram excluídos das tarifas recíprocas porque a administração dos Estados Unidos acredita que eles precisam de "suas próprias investigações".

Jamieson Greer também afirmou que não será aceita uma situação em que Wall Street tenha permissão para comandar a economia dos Estados Unidos. Ele afirmou não confiar em projeções de economistas sobre inflação por conta das tarifas, já que no primeiro mandato do presidente Donald Trump, "não houve inflação". Segundo ele, os custos das tarifas raramente chegam ao consumidor e foi minimizado um possível desemprego por conta da política tarifária. Além disso, o governo norte-americano está disposto a discutir como implementar uma proibição às importações de urânio da China.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, delegou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, para liderar as negociações sobre as tarifas. Segundo Trump, os acordos serão feitos para beneficiar trabalhadores norte-americanos e vão considerar o déficit comercial com os países. Todas as opções estão sobre a mesa. Trump orientou sua equipe a realizar acordos customizados. O presidente conversará com quaisquer países que ligarem, e os países devem abordar a administração republicana com "suas melhores ofertas". Donald Trump acredita que os Estados Unidos têm capacidade de fabricar iPhones, em resposta a uma pergunta sobre as dificuldades da Apple em internalizar a produção dos celulares.

O presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, destacou ainda não saber quanto do aumento do preço dos produtos em decorrência das tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump será repassado aos consumidores nos Estados Unidos. Esse repasse pode, inclusive, "falir fornecedores". Há divergência sobre a rapidez e a magnitude com que o aumento das tarifas será repassado aos consumidores. O sentimento do consumidor sobre a economia norte-americana "está despencando", mas que, mesmo com uma visão "péssima" sobre o cenário econômico dos Estados Unidos, as pessoas ainda continuam consumindo.

Em situações normais, considerando esse cenário, as pessoas parariam de consumir. No entanto, mesmo com uma situação de consumo relativamente boa para o país, há ansiedade e incerteza generalizadas sobre a volta da inflação a um patamar mais alto. Ele ainda criticou o atraso do que chamou de "dados mais concretos" sobre a economia dos Estados Unidos, e reforçou que o Fed não pode esperar tanto para saber se o investimento está caindo ou não no país, por exemplo. É preciso ver os dados do PIB para entender o real impacto nos investimentos com as novas políticas de Trump. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.