ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

08/Apr/2025

China fará esforços para impulsionar o consumo

O Diário do Povo, principal jornal do Partido Comunista da China, informou nesta segunda-feira (07/04) que os formuladores de políticas do país estão preparados para lidar com as tarifas dos Estados Unidos com ferramentas que incluem flexibilização monetária e fiscal. O banco central chinês (PBoC) poderá cortar as taxas de juros a qualquer momento, caso necessário, e a China tem espaço para deixar o déficit orçamentário aumentar. O governo chinês fará "esforços extraordinários" para impulsionar o consumo doméstico e tomar medidas concretas para estabilizar os mercados. Na sexta-feira (04/04), a China registrou uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) em resposta às novas tarifas dos Estados Unidos.

O Ministério do Comércio da China afirmou que as novas tarifas dos Estados Unidos são "típica intimidação unilateral" que violam as regras da OMC. O governo chinês pediu aos Estados Unidos que retirassem as sobretaxas. Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram a imposição de uma tarifa adicional de 34% sobre as importações chinesas. Essa tarifa se soma a taxas anteriores que os Estados Unidos impuseram sobre as importações chinesas, elevando o total de tarifas que esses produtos enfrentarão no mercado norte-americano para cerca de 70%, de acordo com economistas.

A China respondeu com a adoção de tarifas de 34% sobre produtos dos Estados Unidos, controles de exportação a sete categorias de itens relacionados a terras raras e a inclusão de onze empresas dos Estados Unidos à "lista de entidades não confiáveis". A ação da China na OMC tende a ter impacto limitado, já que o mecanismo da organização para resolver disputas comerciais está inativo desde o primeiro mandato do presidente Donald Trump. O governo chinês afirmou que "o mercado falou" após o tarifaço de Donald Trump. A manifestação da China ocorreu após a queda acentuada dos mercados de ações depois do anúncio de um novo pacote de tarifas pelo governo norte-americano.

O Ministério das Relações Exteriores da China descreveu o ataque comercial dos Estados Unidos como "não provocado e injustificado". As novas restrições de exportações de metais de terras raras pela China podem ser usadas também contra o Japão, aliado dos Estados Unidos. O país é o segundo maior fabricante mundial de ímãs a partir de metais de terras raras, como o disprósio, atrás apenas da China. Os metais de terras raras são utilizados sobretudo na fabricação de sistemas de defesa antimísseis, submarinos de ataque e jatos F-35.

As novas medidas exigem que exportadores chineses de metais de determinadas terras raras cruciais solicitem permissão ao governo chinês, dando ao governo a capacidade de atrasar ou bloquear as vendas. O presidente da China, Xi Jinping, pediu esforços para "liberar totalmente" o potencial de consumo do país para estimular o crescimento em meio a uma guerra tarifária com os Estados Unidos. Xi afirmou que revitalizar o consumo, expandir a demanda interna e aumentar a eficiência dos investimentos estão no topo da agenda do país. Fontes: Broadcast Agro e Bloomberg. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.