ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

07/Apr/2025

Brasil atento à mudança brusca de comércio exterior

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o governo brasileiro está atento aos efeitos que o "tarifaço" anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode gerar no comércio exterior. Pode ter desvio de comércio do mundo para desaguar no Brasil. Então, é preciso monitorar qualquer alteração brusca de comércio exterior. A medida dos Estados Unidos enfraquece a Organização Mundial de Comércio (OMC), além de diminuir a previsibilidade e criar insegurança para investimentos. O governo brasileiro defende o caminho do diálogo e a negociação. “Não se faz guerra para obter a paz”. Em guerra tarifária, todos perdem.

Por outro lado, a decisão dos Estados Unidos pode acelerar o acordo Mercosul-União Europeia. O governo brasileiro não pretende usar a Lei da Reciprocidade, pretende negociar. A legislação estabelece critérios para que o Brasil responda a "medidas unilaterais" adotadas por países ou blocos econômicos que afetem a competitividade internacional do País. Geraldo Alckmin afirmou que apesar de o Brasil ter sido atingido com a menor alíquota, de 10%, no “tarifaço”, a medida é ainda ruim e injusta. Nesta semana, haverá uma reunião para negociações entre as equipes técnicas. Dos 10 produtos que o Brasil mais compra dos Estados Unidos, em 8 a alíquota de importação é zero.

O Brasil não é problema. Por isso foi incluído na tarifa menor. O Brasil vai tentar aperfeiçoar e ampliar oportunidades de investimentos recíprocos e de complementaridade na cadeia econômica com os Estados Unidos. O vice-presidente avaliou ainda que a decisão unilateral dos Estados Unidos não é boa para o comércio, já que cria insegurança e imprevisibilidade, além de diminuir investimentos. Alckmin disse ainda que a tentativa dos Estados Unidos de atrair empresas é uma “coisa de meio século atrás”, quando existia uma política de substituir importações. O mundo agora é outro. De toda maneiro, o Brasil vai respeitar a decisão dos Estados Unidos e proteger e defender o comércio brasileiro, além de buscar mercados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.