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07/Apr/2025

EUA: estratégia das tarifas poderá não prosperar

A China optou por uma retaliação forte diante das novas tarifas dos Estados Unidos, impondo uma taxa de 34% sobre produtos norte-americanos, em linha com o aumento das medidas recíprocas anunciadas por Donald Trump. Segundo o ING, a resposta chinesa segue um "espírito de olho por olho", sem aparentes isenções, sinalizando que o país está preparado para uma disputa prolongada. A postura chinesa reflete disposição para um "teste de resistência". Como sinalizou o Ministério das Relações Exteriores da China no mês passado: "Se os Estados Unidos insistem em uma guerra tarifária, comercial ou qualquer outra guerra, a China lutará até o fim".

A tentativa do governo dos Estados Unidos de usar tarifas como "moeda de troca" em negociações, como no caso do TikTok, tem poucas chances de sucesso no momento. Desde a primeira guerra comercial, a China reduziu sua dependência do mercado norte-americano. A proporção das exportações chinesas para os Estados Unidos caiu de 19% em 2017 para 14,6% em 2024, indicando maior resiliência. Além disso, os avanços em autossuficiência tecnológica dão mais confiança ao governo chinês para retaliar desta vez.

Os 34% de tarifa devem tornar vários produtos agrícolas inviáveis, enquanto os manufaturados, especialmente máquinas e equipamentos de transporte, também sofrerão impacto. Além das tarifas, o 16 empresas norte-americanas foram incluídas em uma lista de controle de exportação, proibindo a venda de terras raras e produtos relacionados. Outras 11 companhias entraram na lista de "entidades não confiáveis", o que pode levar a restrições futuras. Se houver mais escalada, a próxima fase pode atingir interesses corporativos dos Estados Unidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.