04/Apr/2025
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou a decisão dos Estados Unidos de aumento das tarifas de importação de produtos brasileiros em 10%, assim como de outros países, e reforçou a posição do Brasil em defesa do livre comércio. O tema está sendo tratado pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. Já há uma missão brasileira nos Estados Unidos para tratar desse tema, afirmou o ministro. Fávaro repudiou o aumento da tarifa, classificando a medida como um contrassenso em um governo que se diz liberal, como o dos Estados Unidos, adotar medidas protecionistas e restritivas.
Enquanto isso, o Brasil, com um governo progressista e de viés social, defende o livre comércio. O ministro destacou que o Brasil tem adotado ações concretas para ampliar sua participação no comércio internacional. Mais do que discurso, as ações do governo comprovam essa postura: já abriu 345 novos mercados e está negociando redução de tarifas e ampliação do comércio internacional, como no acordo Mercosul-União Europeia. Fávaro reconheceu que as barreiras impostas pelos Estados Unidos podem causar impacto nos mercados internacionais, mas demonstrou otimismo quanto à capacidade de o Brasil reagir à situação.
Carlos Fávaro, afirmou que a decisão dos Estados Unidos de impor um tarifaço obre produtos importados pode causar um impacto inflacionário significativo na economia norte-americana. Se taxar a entrada de produtos importados, inevitavelmente os custos sobem, e isso encarece toda a cadeia produtiva. Segundo Fávaro, a justificativa do governo dos Estados Unidos de que a medida pretende estimular a reindustrialização do país não trará efeitos imediatos. Criar uma indústria leva tempo. Haverá o encarecimento de produtos importados pode ter repercussões econômicas antes que qualquer benefício se concretize. Para o Brasil, Fávaro vê uma oportunidade no cenário global.
Ele destacou a competitividade da agropecuária brasileira e ressaltou que o País pode se beneficiar da mudança, se agir com "cautela e prudência". Fávaro afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sancionar a Lei de Reciprocidade, aprovada pela Câmara dos Deputados. Trata-se de uma medida essencial para a soberania nacional e foi aprovada por unanimidade no Congresso, com o apoio do governo. Apesar do posicionamento favorável, Fávaro destacou que a legislação deve ser aplicada apenas em casos extremos. O ideal é que essa lei seja utilizada apenas como última instância. O diálogo e a negociação devem sempre ser priorizados antes de qualquer medida mais drástica. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.