04/Apr/2025
A Comissão Europeia afirmou que é "claro que vamos defender a economia da Europa", em reação às tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As sobretaxas norte-americanas foram classificadas como péssimas notícias tanto para os Estados Unidos quanto para todo o mundo. As tarifas mudam as relações comerciais com os Estados Unidos, mas não com o resto do mundo. Embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro comercial do bloco, há outros mercados com os quais a União Europeia pode estreitar laços. A União Europeia pode aprofundar a relação com outros países. A Europa ainda precisa compreender melhor as decisões do governo Trump antes de adotar qualquer medida em resposta. As tarifas impostas pelos Estados Unidos ao bloco foram de 20%. O governo dos Estados Unidos está focado apenas na proteção da economia norte-americana, e é preciso focar na proteção da economia do continente europeu.
A Comissão Europeia também defendeu um debate global sobre como evitar uma recessão global baseada em muitos fatores, incluindo tarifas, relações comerciais, mudanças climáticas e mercado de trabalho. É preciso apostar em segurança e competitividade. A União Europeia tem focado os esforços em aumentar a competitividade europeia no mundo, e investir na Europa precisa ser algo muito mais atrativo do que é hoje. O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são "brutais e infundadas". Ele defendeu que a Europa responda às sobretaxas impostas pelo republicano "setor por setor" e classificou as medidas como um "choque para o comércio internacional". Ele também prometeu retaliações mais "massivas" do que as anteriores. A resposta ao anúncio das tarifas dos Estados Unidos será mais massiva do que a resposta anterior, disse Macron.
Se os europeus trabalharem juntos em sua resposta às tarifas, será possível desmantelá-las. O presidente da França ainda pediu que as empresas "suspendam" seus investimentos nos Estados Unidos. Macron alertou que, com as tarifas, a economia e os consumidores dos Estados Unidos ficarão mais “pobres e fracos" e destacou que as consequências indiretas das novas taxas de Trump podem "levar outros países da Ásia a aumentarem suas exportações para a Europa. O governo da Espanha anunciou um pacote de ajuda de 14,1 bilhões de euros para minimizar os impactos internos das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre importações globais, incluindo produtos da União Europeia, que passarão a ser taxados em 20%. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, fez o anúncio durante uma coletiva de imprensa. A União Europeia reagirá com proporcionalidade, unidade e firmeza. O pacote inclui 6 bilhões de euros em empréstimos públicos para empresas afetadas pelas tarifas e mais 400 milhões de euros para fortalecer a indústria automotiva.
Os recursos também serão destinados à modernização do setor industrial e à promoção de produtos espanhóis. O México buscará diversificar suas relações comerciais com outros países além dos Estados Unidos, afirmou a presidente mexicana Claudia Sheinbaum durante coletiva de imprensa. O discurso veio no dia seguinte ao anúncio das tarifas recíprocas do presidente norte-americano, Donald Trump. O México vai assinar e vai manter um acordo de trocas comerciais com a União Europeia, declarou Sheinbaum, sem dar mais detalhes. Ainda segundo a líder mexicana, o país segue em negociações com os Estados Unidos em relação às tarifas sobre a indústria automotiva, aço e alumínio. O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, anunciou nesta quinta-feira (03/04) a imposição de tarifas de 25% sobre todos os veículos importados dos Estados Unidos que não estejam dentro do acordo USMCA. A medida é uma resposta direta às tarifas sobre o setor impostas pelo governo de Donald Trump, que Carney classificou como "ilegais" e contrárias a qualquer pacto comercial entre os dois países.
Apesar da escalada tensa, Carney destacou que as novas tarifas canadenses não afetarão autopeças nem veículos vindos do México, aliado comercial no USMCA, já que o país respeita termos de acordos com Canadá. Todo valor arrecadado com as tarifas automotivas será direcionado a proteger os trabalhadores da indústria automotiva. Haverá um esforço para proteger o setor doméstico. Carney revelou que já havia dito a Trump na semana passada, inclusive, que retaliaria as tarifas norte-americanas sobre automóveis. O premiê também afirmou que as tarifas retaliatórias anteriores do Canadá também permanecem em vigor e negou que esteja coordenando, no momento, retaliações conjuntas com outros países. As tarifas de Trump vão contra qualquer acordo entre Canadá e Estados Unidos. As medidas norte-americanas vão afetar a economia e o crescimento global. O líder do Partido Liberal foi enfático ao declarar que a longa e estável relação com os Estados Unidos, em várias frentes, acabou, acrescentando que essa tragédia em relação aos Estados Unidos infelizmente é a nova realidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.