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02/Apr/2025

Dólar recua à espera das tarifas recíprocas dos EUA

O dólar fechou esta terça-feira (1º/04) em queda no Brasil, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante divisas pares do Real no exterior, um dia antes de o governo dos Estados Unidos anunciar detalhes sobre as tarifas de importação recíprocas prometidas pelo presidente Donald Trump. O dólar fechou em baixa de 0,42%, a R$ 5,68, a menor cotação de fechamento desde 21 de março, quando encerrou em R$ 5,67. No ano, a divisa acumula queda de 8,03% ante o Real. No início do dia o dólar chegou a oscilar em alta no Brasil, mas migrou para o território negativo, com o Real se alinhando a seus pares externos.

O enfraquecimento do dólar ante várias divisas estava em sintonia com a baixa firme dos rendimentos dos Treasuries, com investidores buscando a segurança dos títulos norte-americanos antes desta quarta-feira (02/04), dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promete anunciar tarifas recíprocas para todos os países, e não apenas para um grupo menor de 10 a 15 países. Donald Trump vem chamando a quarta-feira (02/04) de "Liberation Day" (Dia da Libertação). A queda do dólar estava em sintonia com o avanço do Ibovespa e a baixa das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), em um dia positivo para os ativos brasileiros.

Segundo a Veedha Investimentos, o Brasil segue se apropriando de um fluxo positivo do estrangeiro, que em virtude desta política, sobretudo dos Estados Unidos, de impor tarifas, que tem feito com que o investidor repense sua alocação, diminuindo exposição aos Estados Unidos, e realocando em outros países. Após marcar a cotação máxima de R$ 5,73 (+0,48%), o dólar atingiu a mínima de R$ 5,67 (-0,59%). Segundo a Empiricus Research, o dia é de propensão a risco, com percepção de diferencial de juros ‘gordo’, porque os Estados Unidos caminham para cortar juros.

Em tese, quanto maior o diferencial de juros (a diferença entre as taxas norte-americana e brasileira), maior a atratividade do Brasil ao capital externo, o que pesa sobre as cotações do dólar. No exterior a moeda norte-americana também cedia no fim da tarde ante outras divisas pares do Real, como o peso mexicano, a lira turca e o peso chileno. O DXY (índice do dólar), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, estava em leve alta, influenciado por um lado pelo avanço do iene e por outro pela queda do euro. O Banco Central vendeu toda a oferta de 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.