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02/Apr/2025

Setor de seguros e combate às mudanças climáticas

O setor de seguros terá um papel importante no combate às mudanças climáticas: o de diminuir riscos e tornar viáveis investimentos em projetos ambientais e de transição energética. De acordo com estudo realizado pela consultoria Boston Consulting Group (BCG), pela seguradora Howden e pelo grupo da Organização da Nações Unidas (ONU) Climate Change High-Level, as seguradoras terão de fornecer uma cobertura adicional no valor de US$ 10 trilhões para garantir a realização de US$ 19 trilhões em investimentos. O estudo foi realizado com base no mapeamento de projetos voltados a questões ambientais nos setores da iniciativa The 2023 Breakthrough Sectors da COP26, além de estimativa da parcela do investimento necessário que depende de um produto de seguro para ser viabilizado. Segundo o estudo, US$ 19 trilhões em investimentos já foram comprometidos por empresas de energia, governos e capital privado para financiar a transição climática até 2030.

No entanto, muitos projetos não atendem aos limites de risco exigidos pelos investidores e, para que o montante que falta seja liberado, o setor de seguros terá de fornecer mais de US$ 10 trilhões em cobertura adicional aos projetos. O seguro tem um papel importante, de proteger, limitar as perdas, mas também tirar o risco de um certo investimento. Ainda há produtos que precisam ser cocriados pelas realizadoras dos projetos com as seguradoras para destravar a cadeia. Como exemplo, dois parques eólicos a serem construídos: um no Senegal, na África, onde há um problema de liquidez da moeda local, e outro nos Estados Unidos, que sofre com a volatilidade nos investimentos ambientais. Em ambos os casos, os seguros ajudam a limitar possíveis perdas. Para criar modelos de seguros que funcionem, ainda será necessária uma boa dose de inovação entre os envolvidos, que pode vir tanto da tecnologia como de novas ideias entre as partes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.