ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

01/Apr/2025

Previsão climática para o mês de abril no Brasil

Segundo o relatório trimestral do Rabobank, divulgado nesta segunda-feira (31/03), as chuvas em abril serão determinantes para a produtividade do milho 2ª safra de 2025, cujo plantio foi afetado pelo atraso na colheita da soja. O documento apresenta um panorama climático que revela uma reversão no padrão de precipitações, com um janeiro chuvoso seguido por um período mais seco em fevereiro e início de março. Em janeiro de 2025, o Brasil apresentou chuvas significativas. As Regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e centro-oeste da Região Nordeste registraram mais de 150 mm. Essas chuvas beneficiaram os cultivos de verão (1ª safra 2024/2025). As temperaturas máximas médias foram superiores a 30°C na maior parte do País, exceto em áreas pontuais. A mudança no padrão climático ocorreu no mês seguinte. No entanto, em fevereiro, houve uma reversão nas chuvas. Na área de grãos, elas ficaram abaixo da média na maioria das regiões produtoras, permitindo o avanço da colheita da soja e o plantio do milho 2ª safra de 2025.

Apesar de favorecer o plantio, será importante monitorar as condições climáticas até o final de abril para o milho 2ª safra de 2025. Destaca-se como ponto de atenção que as chuvas de abril serão cruciais para que as áreas de milho 2ª safra de 2025 alcancem boas produtividades. Vale lembrar que o plantio do milho foi afetado pelo atraso na colheita da soja. Para culturas permanentes, o clima mais seco também preocupou. Nas principais regiões produtoras de café, o clima mais seco e temperaturas acima da média trouxeram preocupações. Este período é crucial para o desenvolvimento dos grãos de café. Até agora, os impactos não foram tão grandes, e o retorno das chuvas no final de março trouxe alívio. Nas regiões produtoras de laranja, os níveis de precipitação acumulada para o ano safra 2024/2025 foram desiguais. Parte das regiões citrícolas está abaixo da média. Para a cana-de-açúcar, o cenário é semelhante. Assim como ocorreu com o café e a laranja, fevereiro e a primeira metade de março tiveram chuvas abaixo da média em várias regiões produtoras de cana-de-açúcar, especialmente em partes do estado de São Paulo. Isso levou muitos analistas a reduzirem suas previsões para a safra 2025/2026 de cana-de-açúcar.

No entanto, chuvas abundantes no final de março e abril podem reverter essas revisões. A previsão climática para as regiões brasileiras varia. Na Região Norte, espera-se chuvas entre a média e acima da média, exceto em Tocantins, sul do Pará e Rondônia. Na Região Nordeste, chuvas abaixo da média, exceto no centro-norte do Maranhão. Na Região Centro-Oeste, chuvas próximas e abaixo da média, principalmente a partir de abril. Na Região Sudeste, a previsão é de chuvas próximas e abaixo da média, com possíveis eventos intensos na parte leste. Na Região Sul, chuvas abaixo da média no Paraná, Santa Catarina e centro-norte do Rio Grande do Sul, e chuvas próximas e acima da média no sul do Rio Grande do Sul. O fenômeno La Niña ainda está presente, mas deve perder força em abril, dando lugar a uma fase neutra do clima, com 62% de chance de se manter entre junho e agosto. A transição pode favorecer um clima mais regular nos próximos meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.