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01/Apr/2025

Amazônia: crédito de carbono e restauração florestal

A Petrobras e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram nesta segunda-feira (31/03), protocolo de intenções para um programa de aquisição de créditos de carbono, que visa à contratação de créditos de carbono gerados por meio de projetos de restauração florestal na Amazônia. A ideia é ter um processo de competição, o que também será positivo para formação de preço desse novo mercado. Uma empresa que vai ter interesse em investir na reflorestação, vai participar de um processo competitivo organizado pela Petrobras, e quem der o melhor preço vai ganhar a competição e com o esse PPA (contrato de compra e venda) o BNDES pode fazer o financiamento sem precisar exigir a garantia corporativa ou carta de fiança. Assim como ocorreu com o setor elétrico, com previsão de longo prazo de investimentos, é possível garantir uma quantidade de hectares que será colocada no setor. O programa deve envolver o reflorestamento de 50 mil hectares e a Petrobras deve viabilizar, num primeiro momento, cerca de R$ 1,5 bilhão, começando com R$ 450 milhões.

Passa-se a criar um ambiente que terá maior transparência. Será lançado em julho o edital de licitação da compra de créditos de carbono derivados de reflorestamento na Amazônia, dentro do Pro Floresta+. A ideia é estabelecer preços para créditos de carbono a serem comprados pela Petrobras no futuro por meio de leilões disputados por empresas que façam o reflorestamento das áreas. De sua parte, o BNDES entra para financiar a operação de restauro florestal, com recursos do Fundo Clima, com juro de 1% ao ano. Na fase piloto, cada projeto deve mirar o reflorestamento de pelo menos 3 mil hectares capazes de aprisionar 1 milhão de toneladas de carbono. Vence o leilão quem oferecer o menor preço de crédito de carbono. Não se trata de recursos não reembolsáveis e nem de desmatamento evitado. Trata-se de replantar floresta nativa no bioma amazônico, no arco do desmatamento. Isso inverte a discussão e gera demanda por créditos de carbono para o mercado. Trata-se de uma solução completa para o negócio de restauração ambiental.

A trinca envolve a parte compradora (Petrobras), a parte financiadora (BNDES) e a parte executiva (empresas de reflorestamento). A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, definiu o programa de leilões para a compra de crédito carbono de reflorestamento, o "Pro Floresta+”, como "uma verdadeira revolução" no setor ambiental. O anúncio, em parceria com o BNDES, é uma demonstração da preocupação da Petrobras com o meio ambiente, mas também indica que a companhia quer entrar no negócio para "fazer dinheiro". A assinatura desse protocolo de intenções com o BNDES mostra a preocupação da Petrobras com o planeta e o compromisso com a captura de carbono. Esse programa de carbono é uma verdadeira revolução. "Eu disse que a Petrobras entraria no mercado de carbono. Estamos fazendo e vamos fazer dinheiro com isso. Vamos entrar no negócio firme e ganhar dinheiro com isso", continuou Magda. Segundo a executiva, a grande novidade do projeto é que ele "bota preço" nos créditos de carbono, gerando demanda e incentivando sua oferta por parte de empresas ambientais, algo que não acontecia até então. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.