28/Mar/2025
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,64% em março, após ter subido 1,23% em fevereiro. Com o resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 1,99% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 5,26%. A alta de 0,64% registrada em março pelo IPCA-15 foi a taxa mais elevada para o mês desde 2023, quando subiu 0,69%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses acelerar pelo segundo mês consecutivo. As altas de preços em alimentação (1,09%) e transportes (0,92%) responderam por cerca de dois terços de todo o IPCA-15 de março. Em março de 2024, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,36%. A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses passou de 4,96% em fevereiro de 2025 para 5,26% em março de 2025. O grupo Alimentação e bebidas teve uma elevação de 1,09% em março, resultando numa contribuição de 0,24% para a taxa de 0,64% registrada pelo IPCA-15 neste mês.
A alimentação no domicílio avançou 1,25% em março. Houve aumentos no ovo de galinha (19,44%), tomate (12,57%), café moído (8,53%) e frutas (1,96%). A alimentação fora do domicílio aumentou 0,66%. A refeição fora de casa subiu 0,62%, e o lanche avançou 0,68%. Os gastos das famílias com Transportes passaram de uma elevação de 0,44% em fevereiro para uma alta de 0,92% em março, uma contribuição de 0,19% para a taxa de inflação de 0,64% apurada neste mês pelo IPCA-15. Em março, os combustíveis subiram 1,88%. Houve aumentos nos preços do etanol (2,17%), do óleo diesel (2,77%), do gás veicular (0,08%) e da gasolina (1,83%). A gasolina foi o subitem de maior pressão no IPCA-15, uma contribuição individual de 0,10%. As passagens aéreas aumentaram 7,02% em março, um impacto de 0,05% na inflação. O trem apresentou alta de 1,90%. O ônibus intermunicipal avançou 0,46%. Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 4,34% em fevereiro para um aumento de 0,37% em março, uma contribuição de 0,06% para o IPCA-15 deste mês.
Passados os meses de influência mais aguda do bônus de Itaipu, a energia elétrica residencial subiu 0,43% em março. O gás encanado diminuiu 0,51%. Os gastos das famílias brasileiras com despesas pessoais passaram de uma elevação de 0,01% em fevereiro para um aumento de 0,81% em março, uma contribuição de 0,08% para o IPCA-15 deste mês. O resultado foi influenciado pelo aumento de 7,42% no cinema, teatro e concertos. O aumento de 1,83% na gasolina resultou na maior pressão sobre o IPCA-15 de março. O subitem respondeu por uma contribuição de 0,10% para a taxa de 0,64%. Também figuraram no ranking de maiores contribuições sobre o IPCA-15 de março os subitens ovo de galinha (alta de 19,44% e impacto de 0,05%), café moído (8,53% e 0,05%), passagem aérea (7,02% e 0,05%), cinema, teatro e concertos (7,42% e 0,03%) e tomate (12,57% e 0,03%). Na direção oposta, o arroz foi o subitem de maior alívio sobre a inflação de março, com queda de 1,60% e contribuição de -0,01%
As demais principais influências negativas partiram de pacote turístico (queda de 2,13% e impacto de -0,01%), seguro voluntário de veículo (-1,09% e -0,01%), laranja-pera (-5,05% e -0,01%), contrafilé (-1,40% e -0,01%), alcatra (-1,69% e -0,01%) e óleo de soja (-1,80% e -0,01%). Todos os nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram alta de preços em março. Os aumentos foram em Alimentação e bebidas (1,09%, impacto de 0,24%), Educação (0,07%, impacto de 0,00%), Transportes (0,92%, impacto de 0,19%), Artigos de residência (0,03%, impacto de 0,00%), Saúde e cuidados pessoais (0,35%, impacto de 0,05%), Vestuário (0,28%, impacto de 0,01%), Despesas Pessoais (0,81%, impacto de 0,08%), Habitação (0,37%, impacto de 0,06%) e Comunicação (0,32%, impacto de 0,01%). O resultado geral do IPCA-15 em março foi decorrente de altas de preços nas 11 regiões pesquisadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.