20/Mar/2025
Segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em meio aos preparativos para a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) no Brasil, em Belém (PA), destacou a importância de uma comunicação estratégica para apresentar ao mundo a diversidade e a inovação do agronegócio brasileiro. A comunicação deve ser tratada como prioridade. Para isso, uma das iniciativas destacadas é a criação de um espaço idealizado em parceria com a Embrapa para comunicar as boas práticas e inovações do agro brasileiro. O desafio é unificar a narrativa entre CNA, Senar, Abag, Sociedade Rural Brasileira, Abrapa, Abramilho e outras associações. O objetivo é que visitantes, incluindo imprensa, líderes e ambientalistas, saiam da COP30 com uma visão clara e positiva do setor. É preciso mostrar que o Brasil não é só a Amazônia. É Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, frango, suíno, soja, algodão, frutas, Pantanal, São Francisco.
Muitos estrangeiros têm uma visão reducionista do País. É preciso mostrar a realidade complexa do Pará, onde a beleza da floresta contrasta com desafios sociais. A estratégia inclui visitas técnicas a regiões produtivas, para mostrar cultivos de sistemas integrados como o Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). É importante alinhar a narrativa do agro brasileiro e mostrar que o País é mais do que suas florestas. A produção agropecuária brasileira não está concentrada em Belém. O Pará tem o maior potencial de crescimento do País, desde que possa fazer o necessário, como a recuperação de pastagens. É preciso combater o desmatamento ilegal e o respeito ao Código Florestal. A JBS destacou a necessidade de o Brasil assumir um papel de protagonismo na discussão global sobre segurança alimentar e sustentabilidade. O País tem condições de liderar essa agenda na COP30, mas precisa avançar com ações concretas. Foi destacada a importância de vincular a segurança alimentar às discussões climáticas.
Não dá para discutir, de forma desassociada, o clima e a transição energética sem discutir a segurança alimentar, a questão da pobreza e do desenvolvimento social. Os sistemas alimentares estão no centro do debate e não podem ser deixados em segundo plano. A JBS também alertou para o impacto da insegurança alimentar no mundo. Hoje, 2,3 bilhões de pessoas têm moderada ou severa insegurança alimentar, e 632 milhões passam fome. E a tendência é de agravamento da situação. A solução está na produção sustentável. O Brasil deve demonstrar ao mundo sua capacidade de combinar eficiência produtiva com preservação ambiental. Além disso, há necessidade de financiamento para a modernização do setor. Hoje, só 4% do que vai para a transição climática vai para os sistemas alimentares. Nos países em desenvolvimento, esse percentual cai para 1,7%. É preciso mais investimentos para ampliar o acesso dos pequenos produtores a tecnologias sustentáveis, com crédito adequado para mitigar os riscos da adoção de novas práticas.
O Brasil precisa mudar a narrativa internacional e mostrar exemplos concretos de sustentabilidade na agropecuária. A COP30 será uma oportunidade de apresentar avanços e consolidar a posição do País como referência em produção sustentável. O Ministério da Agricultura destacou a necessidade de o agronegócio brasileiro adotar uma abordagem de "convivência climática" para garantir o equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade. O desafio do setor produtivo é, de fato, estabelecer um pacto de convivência climática positivo que privilegie a manutenção da qualidade de vida, que privilegie a sustentabilidade, mas não em detrimento da exaustão dos recursos naturais. A agropecuária brasileira já é protagonista na economia nacional e internacional. O País se consolidou como um dos principais players globais em segurança alimentar ao longo das últimas décadas, impulsionado por ciência, inovação e empreendedorismo.
A COP30, que será realizada em Belém (PA), será um momento estratégico para reforçar o protagonismo brasileiro na agenda ambiental e climática. A COP30 é importante para apresentar as práticas sustentáveis da agropecuária nacional. Entre os pontos centrais da estratégia do governo brasileiro para a COP30, pode-se citar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a recuperação de áreas degradadas como ferramenta de agricultura de baixo carbono e o avanço da bioeconomia. A bioeconomia é essencial para a transição energética e para uma agropecuária de base cada vez mais biológica. Destaque para a robustez do marco regulatório brasileiro. O Código Florestal é um dos mais restritivos do planeta. A governança do setor, embora ainda passível de melhorias, permite que o Brasil mantenha uma posição de destaque no cenário global.
O Pará tem se consolidado como referência na agropecuária sustentável, combinando crescimento econômico e preservação ambiental. A visita do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ao Estado, na terça-feira (18/03), reforçou o protagonismo da região destacando as iniciativas bem-sucedidas e a preparação para a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que será realizada em novembro deste ano, em Belém. Carlos Fávaro afirmou que o Pará simboliza a nova agropecuária brasileira, pautada na produção responsável, rastreável e sustentável. Durante a COP30, a proposta do ministro é que a Embrapa Amazônia Oriental seja a Casa da Agropecuária Brasileira, um espaço estratégico para apresentar a presença do setor agropecuário na agenda oficial do evento.
A ideia é criar um espaço agro, uma agrozone, que seja que integrado com o espaço parceiro. Um lugar para vamos demonstrar todos os avanços, com a chancela da melhor e maior empresa de pesquisa agropecuária tropical do mundo que é a Embrapa. A Embrapa ressaltou que a ciência tem sido essencial para a sustentabilidade do setor e que a Conferência do Clima é uma oportunidade para mostrar o trabalho que a Embrapa realiza há mais de cinco décadas. A COP30 é uma oportunidade de mostrar ao mundo que a agricultura é sustentável, que o trabalho é baseado na sustentabilidade ambiental, econômica e social, por diferentes sistemas de produção, por diferentes cadeias produtivas. A intenção é fazer uma vitrine tecnológica e, mais do que isso, fazer painéis, discutir quais são os desafios para mostrar que a agropecuária é brasileira sustentável.
O governador Helder Barbalho destacou os avanços do Estado na preservação ambiental. Ele destacou que o desmatamento no Pará caiu pela metade, ao mesmo tempo em que o rebanho cresceu em mais de 2 milhões de cabeças, demonstrando que é possível aliar produção e conservação. A COP30 será uma oportunidade para mostrar ao mundo que o Brasil já possui soluções eficazes para o desenvolvimento sustentável. Com a proximidade da COP30, o governo federal, o Pará e a Embrapa trabalham para transformar o evento em uma vitrine global das boas práticas do setor, confirmando o compromisso do Brasil com uma produção agropecuária sustentável e inovadora. Fontes: Ministério da Agricultura e Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.