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19/Mar/2025

Superávit da balança comercial cai no 1º bimestre

Segundo o relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta terça-feira (18/03), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o início da tarifa de importação de 25% aplicada multilateralmente sobre produtos siderúrgicos e de alumínio vai afetar o Brasil, o impacto sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro será de uma queda de 0,01%, e nas exportações totais um recuo em 0,03%. Os semimanufaturados de ferro registraram 11% das exportações brasileiras para os Estados Unidos no primeiro bimestre de 2025, com aumento de 22,3% em relação ao bimestre de 2024. Para os Estados Unidos, o recuo estimado nas exportações totais é de 36,2%. O vai e vem da política tarifária de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, é imprevisível e especula-se da possibilidade de o governo brasileiro conseguir fazer alguma negociação. No entanto, o estrago trazido pela política errática de Trump no comércio exterior já é um fato que traz efeitos adversos para as decisões de investimento e de comércio.

Mesmo antes do "efeito Trump", que ainda não vigora nos dados para o Brasil, o saldo da balança comercial em relação a igual período de 2024 apresentou queda. Em fevereiro de 2024, o saldo foi de US$ 5,1 bilhões, e em fevereiro deste ano, foi registrado um déficit de US$ 0,3 bilhões. As commodities explicaram 65% das exportações brasileiras, mas houve recuo de 3% no volume vendido em relação a fevereiro do ano passado e recuo nos preços. levou a uma queda de 10,3%, em valor. As não commodities respondem por 7,7% das importações, e registraram um aumento em volume de 25,1%, levando a uma variação positiva de 21,2% em valor. As importações de commodities aumentaram 8,9%, em volume e 3,1% em valor. Os preços recuaram em 5,3% para as commodities e 3,0% para as não commodities. Na análise por setor de atividade do volume exportado e importado, a queda no volume exportado das commodities afetou o desempenho da agropecuária e da indústria extrativa.

No primeiro caso, a variação positiva entre os bimestres de 2023 e 2024 (29,3%) da agropecuária e da extrativa (47,1%) passaram a ser negativas em 7,6% na agropecuária e 2,5% na extrativa, na comparação dos bimestres de 2024 e 2025. As exportações da indústria de transformação se mantiveram positivas. Nas importações, chama a atenção o aumento das importações da agropecuária e da transformação na comparação dos bimestres. No acumulado do ano até fevereiro de 2025 comparado com o de 2024, as importações da agropecuária cresceram 22,6% e da transformação, 25,6%. As exportações brasileiras para a China recuaram 12% em volume e 15,7% em preços. O País é o principal mercado de exportações do Brasil, com uma pauta concentrada em commodities. Entre os dois primeiros meses de 2025, o principal produto exportado foi o minério de ferro (24% de participação), que registrou queda de 30% em valor na comparação com igual período de 2024.

Petróleo e soja, ambos com participação de 22%, registraram queda em valor de 37% e 27%, respectivamente. Chama a atenção nas exportações, o resultado para a Argentina, com aumento em volume de 64,8%. Esse resultado foi liderado pelas vendas de automóveis, com aumento de 172% e participação de 22% na pauta. O petróleo bruto foi o principal produto brasileiro de exportação no primeiro bimestre de 2025, com participação de 14,1%. O superávit da balança de petróleo bruto foi de US$ 5,7 bilhões, o déficit de derivados de petróleo, US$ 900 milhões com saldo de petróleo de derivados positivo em US$ 4,7 bilhões. A queda no superávit da balança comercial foi liderada pela China, que passou de um saldo positivo de US$ 5 bilhões no primeiro bimestre de 2024 para um déficit de US$ 3,2 bilhões, em igual período de 2025. A retração nas vendas de commodities e o aumento das importações associado às plataformas de petróleo explicam o resultado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.