14/Mar/2025
Segundo o Centro de Estudos Monetários do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a economia mundial caminha para uma desaceleração com prejuízos generalizados e o Brasil não é uma exceção, com o País provavelmente tendo perdas por conta da preocupação excessiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o aço. Donald Trump e sua equipe querem mudar a Ordem Econômica Mundial sob o objetivo de "fazer a América grande novamente", girando em torno da perspectiva de reconstrução da indústria norte-americana. A chance de que Trump atinja tal objetivo é quase zero, visto que nos primeiros meses de governo indicadores já mostram uma desconfiança maior.
O acordo comercial entre Canadá, México e Estados Unidos foi negociado pelo próprio Donald Trump na sua primeira administração. Então, ele mesmo assume e desfaz. Não dá para confiar num país desse tipo. A tributação "excepcional" sobre aço e alumínio vem do pensamento de uma frase do próprio Trump de que o "país que não tem aço não é país". Assim, ele quer produzir aço dentro dos Estados Unidos, o que é uma visão estreita em uma situação que poderia ser resolvida de outra maneira. É preciso monitorar a política de câmbio do governo Donald Trump, que, por ora "não apareceu ainda".
De acordo com a Moody's Analytics, a perspectiva de crescimento mundial está parecendo decididamente sombria, já que a comunidade internacional enfrenta uma guerra comercial cada vez mais profunda, mercados financeiros agitados e enormes mudanças nas relações estratégicas estimuladas pelas mudanças de política do governo de Donald Trump nos Estados Unidos. A economia mundial parece cada vez mais frágil. Os Estados Unidos estão desacelerando. A Europa está fraca. O crescimento da China está abaixo do esperado, apesar de ter cumprido as metas.
Diversas forças atualmente impactam a economia internacional. O crescimento mundial deverá desacelerar para 2,4% em 2025 e 2026, ante 2,7% em 2024. A política econômica dos Estados Unidos está gerando incertezas com uma enxurrada de tarifas e ameaças tarifárias que aumentam as tensões comerciais. Os mercados estão agitados. A confiança das empresas e dos consumidores está se deteriorando. A incerteza quanto à política econômica e a inflação instável manterão a política monetária dos Estados Unidos em suspenso até o final do terceiro trimestre.
Os investidores ponderam sobre o risco de uma recessão nos Estados Unidos nos próximos trimestres. Os Estados Unidos tiveram um desempenho superior ao de seus pares durante a maior parte dos últimos três anos, mas as rachaduras estão começando a aparecer. A Europa está presa em uma via lenta, prejudicada por problemas de energia, declínio da produção industrial e questões estruturais profundas. A China pode ter atingido sua meta de crescimento para 2024, mas a demanda doméstica ainda está em baixa, deixando sua economia lenta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.