12/Mar/2025
Segundo Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente nos governos Lula 2 e Dilma e membro do Conselho de Administração do BNDES, o setor privado nacional e o setor privado que investe no Brasil precisam ter um "papel político" na equação da transição energética, enquanto o setor público sofre de "miopia política". O papel político do setor privado no processo de transição, com vistas à descarbonização, é absolutamente estratégico. O setor privado deveria fazer investimentos dirigidos por novas soluções e por uma nova relação entre o Estado e a sociedade. No curto prazo, as soluções climáticas são inflacionárias. Elas mudam o contexto, tudo custa mais caro. E, obviamente, a regulação não acompanha isso.
Os problemas são interconectados, da mesma forma que as soluções. Trabalhar essa interconexão está na cabeça de quem faz modelo de negócio. Dez anos atrás, na época do Acordo de Paris, houve um "grande acordo", envolvendo lideranças políticas e empresariais, que permitiu trazer a proteção ambiental e a produção de alimentos para a ambição brasileira climática. Não se vê essa pactuação hoje do Brasil. Porém, isso se perdeu na última década. O setor público sofre cronicamente de ‘miopia política’. Pode ser de qualquer vertente política, ou ideológica. Por isso, o papel do setor privado é absolutamente estratégico. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.