11/Mar/2025
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,00% em fevereiro, após uma elevação de 0,11% em janeiro. Com a taxa, o IGP-DI acumulou uma alta de 1,11% no ano e avanço de 8,78% em 12 meses. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 1,03% em fevereiro, ante uma alta de 0,03% em janeiro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 1,18% em fevereiro, após aumento de 0,02% em janeiro. O INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,40% em fevereiro, depois da alta de 0,83% em janeiro. Os aumentos nos preços da energia elétrica (17,68%) e da gasolina (2,97%) aceleraram a inflação no varejo medida pelo IGP-DI em fevereiro. No ranking de principais pressões individuais sobre a inflação, figuraram também o condomínio residencial (4,15%), aluguel residencial (2,61%) e café em pó (12,26%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,02% em janeiro para uma elevação de 1,18% em fevereiro. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o principal impacto veio do fim do bônus de Itaipu nas tarifas de energia elétrica em fevereiro, que respondeu por quase 50% da pressão sobre os preços ao consumidor. Quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Habitação (de -2,43% em janeiro para 3,80% em fevereiro), Transportes (de 0,83% para 1,41%), Despesas Diversas (de 0,26% para 1,07%) e Comunicação (de 0,01% para 0,28%). Por outro lado, as taxas foram mais baixas nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,18% para -2,54%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,66% para 0,38%), Alimentação (de 1,22% para 1,02%) e Vestuário (de 0,22% para 0,14%). O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,48% em fevereiro, após um aumento de 0,48% em janeiro. Dos 85 itens componentes do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 74,84% em janeiro para 64,52% em fevereiro.
O avanço nos preços do café em grão (12,50%), ovos (33,86%) e milho em grão (4,80%) acelerou a inflação no atacado medida pelo IGP-DI de fevereiro. Houve pressão no mês também do óleo diesel (6,27%) e do algodão em caroço (8,51%). As principais influências nos preços ao produtor vieram de ovos e milho, ambos impactados em fevereiro pelo mesmo fator: demanda elevada e baixa disponibilidade. No caso do milho, somam-se desafios logísticos, o que tem pressionado os preços de forma temporária, com potencial de afetar outros produtos da cadeia alimentar, especialmente as proteínas animais. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais acelerou de uma alta de 0,04% em janeiro para um aumento de 0,79% em fevereiro. A taxa do grupo Bens Intermediários subiu 0,51% em fevereiro, após aumento de 1,22% em janeiro. O grupo Matérias-Primas Brutas subiu 1,53% em fevereiro, depois de uma queda de 0,74% em janeiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.