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10/Mar/2025

Governo espera redução nos preços de alimentos

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo aposta na ampliação da oferta de alimentos por meio da importação de produtos que tiveram tarifas zeradas e na expectativa de uma supersafra para reduzir os preços dos alimentos. Pode ser que não aconteça na velocidade desejada, mas o governo trabalha para reduzir os preços dos alimentos. Entre as ações já adotadas, o ministro mencionou a importância da ampliação das cotas de importação de produtos como massas, óleos e azeites. No caso do óleo de palma, a cota inicial de 65 mil toneladas, que estava isenta de tarifas, já foi totalmente consumida, e agora buscamos ampliar para 150 mil toneladas. Além disso, ele citou a possibilidade de importar milho sem tarifas de outros países. Com a colheita de uma nova safra ocorrendo, Fávaro demonstrou otimismo quanto à estabilização dos preços.

Com esse conjunto de ações e com a supersafra que se aproxima, os preços vão ceder, o que resultará em boas respostas para a população, principalmente para os mais vulneráveis. Fávaro afirmou que a inflação dos alimentos é um fenômeno global e que o governo está adotando medidas para reduzir os preços no Brasil. Todos os países estão enfrentando esse problema. O ministro também destacou que diferentes países adotam estratégias variadas para lidar com a alta dos preços. Os governos liberais, como o de Donald Trump, adotam medidas de taxação e controle para proteger a economia, o que pode gerar ainda mais inflação. Carlos Fávaro rejeitou a possibilidade de o governo federal realizar uma intervenção artificial nos preços dos alimentos para conter a inflação. O fato é que, apesar da renda da população ter crescido, e ninguém pode negar isso, especialmente nos dois anos do governo do presidente Lula, em que o desemprego caiu muito, o Brasil está quase chegando a pleno emprego, e isso faz com que o aumento do consumo também aconteça.

Para o ministro, o aumento do consumo, impulsionado pela queda no desemprego, se dá em um contexto de alta dos preços dos alimentos no mercado mundial, o que afeta a percepção a respeito do poder de compra da população. No entanto, as ações em curso serão fundamentais para frear a alta dos preços. Fávaro destacou, ainda, a importância de campanhas publicitárias para informar os consumidores sobre onde os preços estão mais baixos. Esse conjunto de ações, somado à supersafra, que resultará em uma diminuição significativa no preço dos alimentos no Brasil, concluiu. O ministro da Agricultura garantiu que o governo federal vai destinar maiores incentivos à agricultura familiar no próximo Plano Safra, especialmente com foco na produção de itens da cesta básica. Para ele, o apoio aos pequenos e médios produtores será fundamental para reduzir a pressão inflacionária sobre produtos essenciais.

No novo Plano Safra, para estimular mais, do mesmo jeito que é feito no Pronaf para os pequenos produtores, agora direcionando também para os médios produtores, com o Pronamp. O objetivo é aumentar a produção de itens como feijão, arroz, batata e trigo, fundamentais para a cesta básica. Se um produtor de 100 hectares, que é um médio produtor, se concentrar na produção desses itens, o volume de produção será maior e isso ajudará a tirar a pressão inflacionária. Além do estímulo à produção, Fávaro abordou a importância da compra estratégica de produtos para a manutenção do estoque regulador e controle de preços. Ele mencionou que a próxima safra será robusta, a chamando de “supersafra” permitirá ao governo agir de forma mais eficiente. A supersafra já está se concretizando, e alguns produtos estarão com preços bastante acessíveis, o que pode permitir ao governo, como fez em 2023, comprar o milho e conter a inflação de preços.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo poderá tomar alguma “atitude drástica” contra a inflação dos alimentos se não encontrar uma “solução pacífica”. Ele mencionou a alta nos preços dos ovos, café e milho. A inflação dos alimentos é um dos assuntos politicamente mais delicados na cúpula do governo e atrai a atenção do mercado financeiro. Há o receito, no setor privado, de que o presidente Lula adote medidas como restrições a exportações de produtos alimentícios feitos no Brasil (o que prejudicaria o setor) ou subsídios a esses gêneros, o que dificultaria a redução da dívida pública. A principal ação anunciada até o momento é a isenção de imposto de importação de alguns produtos. Lula também deu a entender que “atravessadores” são culpados pela alta nos preços. Ele também afirmou que é necessário baratear a carne. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.