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10/Mar/2025

Plano Safra 2025/2026: demandas do setor produtivo

O setor produtivo do Paraná propôs ao governo federal um Plano Safra 2025/2026 no valor de R$ 597,1 bilhões, superior em R$ 121,6 bilhões ao montante liberado para a safra atual 2024/2025. O documento foi enviado ao Ministério da Agricultura e Pecuária e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) no fim de fevereiro, conforme entidades do setor agropecuário estadual. A proposta sugere que R$ 417 bilhões sejam destinados para crédito de custeio e comercialização e R$ 180,1 bilhões para investimentos. Dentro desse montante, R$ 90 bilhões seriam voltados à agricultura familiar, R$ 86 bilhões para médios produtores e R$ 421 bilhões para os demais agricultores. O documento tem a assinatura da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - Iapar-Emater (IDR-Paraná), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e do Sistema Ocepar. A proposta leva em conta os desafios que muitos produtores têm enfrentado especialmente diante de variações climáticas e volatilidade de preços observadas nas safras recentes.

Os valores apresentados e as sugestões de como aplicá-los visam dar mais tranquilidade para o produtor fazer o que sabe, que é produzir alimento. O Sistema Ocepar explica que, nos últimos anos, tem havido um aumento significativo nas demandas de investimento por parte das cooperativas agropecuárias. Este cenário destaca a importância de investimentos contínuos e substanciais. As cooperativas precisam de recursos para enfrentar os desafios impostos pela concorrência no mercado global, além de se adaptarem às mudanças climáticas e às novas exigências do consumidor. Entre os principais pontos abordados no documento estão a ampliação dos recursos para custeio, comercialização e investimento, além da recomposição do orçamento para subvenção ao prêmio de seguro rural. O setor também pede o reequilíbrio do teto de renda bruta da agricultura familiar e medidas para reduzir taxas de juros, considerando o cenário econômico atual. Em relação ao crédito de custeio e comercialização, a proposta prevê R$ 45 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), R$ 72 bilhões para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e R$ 300 bilhões para os demais produtores.

Os limites de financiamento sugeridos são de R$ 400 mil para o Pronaf, com juros entre 0,5% e 5,5% ao ano, de R$ 2 milhões para o Pronamp, com taxa de 7%, e de até R$ 4 milhões para os demais agricultores, com juros de 11% ao ano. Para investimentos, a proposta destina R$ 180,1 bilhões a programas prioritários, como o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com R$ 11,5 bilhões; o Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga), com R$ 3 bilhões; o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), com R$ 4,5 bilhões; e o Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro), com R$ 10 bilhões. No âmbito do seguro rural, o setor pede a liberação de R$ 4 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), com o objetivo de reduzir o custo da contratação do seguro para os produtores.

Outras medidas incluem a ampliação do tempo de cobertura, inclusão de novas culturas no programa e melhorias no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). O setor também propõe ações emergenciais para produtores afetados por eventos climáticos adversos, como a prorrogação de financiamentos de custeio por 12 meses e a renegociação de operações de investimento que não puderem ser liquidadas. Para a agricultura familiar, a proposta sugere ampliar o volume de crédito de custeio de R$ 41 bilhões para R$ 45 bilhões e o de investimento de R$ 35 bilhões para R$ 45 bilhões. Também é proposto o aumento do limite de renda bruta para enquadramento no Pronaf, de R$ 500 mil para R$ 750 mil, além da simplificação do acesso ao Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF). As medidas sugeridas buscam garantir o crescimento da produção agropecuária nacional, contribuindo para a segurança alimentar e para a estabilidade dos índices de inflação no País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.