10/Mar/2025
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 na comparação com 2023 foi a maior registrada desde 2021. Com isso, em valores correntes, o PIB totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024, e o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, com um avanço real de 3% frente ao ano anterior. A taxa de poupança ficou em 14,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2024. A taxa de investimento ficou em 17% no ano de 2024. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,2% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2023, o PIB apresentou alta de 3,6% no quarto trimestre de 2024. O PIB do quarto trimestre de 2024 totalizou R$ 3,1 trilhões. O PIB do ano de 2024 somou R$ 11,7 trilhões. O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária caiu 2,3% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre do ano passado.
Na comparação com o quarto trimestre de 2023, o PIB da agropecuária mostrou queda de 1,5%. Em todo o ano de 2024, o PIB da agropecuária caiu 3,2% ante 2023. O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria subiu 0,3% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2023, o PIB da indústria mostrou alta de 2,5%. No ano de 2024, o PIB da indústria cresceu 3,3% ante 2023. O Produto Interno Bruto (PIB) de serviços subiu 0,1% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2023, o PIB de serviços mostrou alta de 3,4%. No ano de 2024, o PIB de serviços cresceu 3,7% ante 2023. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 0,4% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2023, a FBCF mostrou alta de 9,4%. No ano de 2024, a FBCF cresceu 7,3% ante 2023. A taxa de investimento (FBCF/PIB) do ano de 2024 ficou em 17%.
O avanço de 7,3% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) foi decorrente de crescimentos disseminados entre todos os componentes do investimento. Houve expansão na produção e na importação de bens de capital, mas também na construção e no desenvolvimento de software. Na abertura dos investimentos, todos os componentes cresceram. Na FBCF, o componente de máquinas e equipamentos cresceu 9,7% em 2024, a construção subiu 4,4%, e os outros ativos avançaram 9,5%. O consumo das famílias caiu 1% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2023, o consumo das famílias mostrou alta de 3,7%. No ano de 2024, o consumo das famílias cresceu 4,8% ante 2023. A queda de 1% no Consumo das Famílias no quarto trimestre de 2024 ante o trimestre imediatamente anterior sucedeu 13 trimestres seguidos de altas no indicador. O que chamou atenção realmente foi a queda no consumo das famílias. Esse recuo no consumo das famílias nos últimos três meses do ano foi afetado pela política monetária.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central aumentou a taxa básica de juros, a Selic, que já está em 13,25% ao ano. A Selic teve impacto sobre o consumo das famílias. E teve efeito também da aceleração da inflação de alimentos, que prejudica o consumo das famílias. Ressalta-se que esse consumo das famílias vinha de uma base de comparação alta, o que também influenciou o desempenho do quarto trimestre de 2024. Embora tenha encerrado o quarto trimestre de 2024 com uma queda de 1,0% em relação ao terceiro trimestre, o consumo das famílias encerrou o ano de 2024 com forte desempenho, expansão de 4,8%. O consumo das Famílias foi impulsionado em 2024 por um mercado de trabalho aquecido, por programas de transferências de renda, por juros menores na média do ano e por um avanço do crédito. A conjuntura econômica foi extremamente favorável para o consumo das famílias em 2024. O mercado de trabalho teve crescimento da massa salarial real, que é o que está disponível na mão das famílias para consumir e comprar.
A inflação oficial no País, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, também ficou mais ou menos no mesmo nível, aos 4,4% em 2024 ante uma taxa de 4,6% em 2023. Para o futuro, porém, é esperado um impacto maior da política monetária restritiva. Em valores correntes, o PIB brasileiro totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024. O PIB per capita subiu a R$ 55.247,45, o maior patamar da série histórica iniciada em 1996, com avanço real de 3,0% em relação a 2023. O consumo do governo subiu 0,6% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2023, o consumo do governo mostrou alta de 1,2%. No ano de 2024, o consumo do governo cresceu 1,9% ante 2023. As exportações diminuíram 1,3% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2023, as exportações mostraram queda de 0,7%. Em todo o ano de 2024, as exportações cresceram 2,9% ante 2023.
As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, caíram 0,1% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2023, as importações mostraram alta de 16%. No ano de 2024, as importações cresceram 14,7% ante 2023. As atividades financeiras caíram 0,3% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024. As atividades imobiliárias subiram 0,1% na mesma comparação. As indústrias extrativas avançaram 0,7% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024, e o segmento de informação e comunicação caiu 0,4%. As outras atividades de serviços tiveram retração de 0,1% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre de 2024, e transporte e armazenagem subiram 0,4%. A produção de eletricidade e água caiu 1,2% no período, enquanto o comércio avançou 0,3%. Entre as atividades industriais, a indústria de transformação expandiu 0,8%, e a construção subiu 2,5%. A administração pública e seguridade social ficaram estáveis nessa base de comparação.
A agropecuária encolheu 2,3%. As atividades financeiras cresceram 2% no quarto trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023, já as atividades imobiliárias avançaram 2,6%. As indústrias extrativas tiveram retração de 3,6% no quarto trimestre de 2024 em relação ao quarto trimestre de 2023, enquanto a indústria de transformação subiu 5,3% nessa comparação. O setor de informação e comunicação cresceu 6,2%. A produção de eletricidade e água caiu 3,5%, o comércio subiu 4,7%, e a indústria de transformação avançou 5,3% na mesma base de comparação. A construção aumentou 5,1%, e transporte e armazenagem avançaram 3,9%. As outras atividades de serviços expandiram 4,5%, e administração pública e seguridade social subiram 1,7%. A agropecuária encolheu 1,5%. O Brasil alcançou uma necessidade de financiamento de R$ 285,5 bilhões em 2024, ante um resultado de R$ 85,7 bilhões em 2023. O saldo externo de bens e serviços passou de R$ 248,7 bilhões em 2023 para R$ 58,5 bilhões em 2024, redução de R$ 190,2 bilhões.
A renda líquida de propriedade enviada ao resto do mundo saiu de R$ 348,7 bilhões para R$ 363,3 bilhões, alta de R$ 14,7 bilhões no período. O volume de impostos sobre produtos arrecadados no País, líquido de subsídios, cresceu 5,5% em 2024 ante 2023. A alta no volume de impostos depende do tipo de atividade que cresce mais no ano. Se a expansão ocorrer numa atividade que arrecada mais, o volume tende a ser maior. Em 2024, o volume de imposto de importação aumentou 20,5% em relação a 2023, enquanto o de IPI cresceu 8,0%. Já o volume de ICMS subiu 4,7%, e o de outros impostos sobre produtos também avançou 4,7%. O IPI cresceu muito em função da indústria de transformação. Quanto à representatividade de cada modalidade, o ICMS foi responsável por 50,3% de todo o volume de impostos, seguido por outros impostos sobre produtos (com uma fatia de 41,6%), IPI (participação de 4,2%) e imposto de importação (3,9%). O Produto Interno Bruto do quarto trimestre de 2024 alcançou o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996, ao crescer 0,2% na margem.
Essa alta do PIB no período foi a 14ª taxa positiva seguida em um trimestre. Em valores correntes, o PIB dos três últimos meses de 2024 somou R$ 3,1 trilhões. O setor externo contribuiu negativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do ano de 2024. A demanda interna respondeu por 5,2% da alta de 3,4% no PIB em 2024, enquanto o setor externo contribuiu com -1,8%. Houve retrações nas exportações dos segmentos de agropecuária e extrativas, enquanto o aquecimento da economia sustentou um aumento da importação de bens e serviços. O grande destaque de 2024 foi a demanda interna. Porque, no ano de 2023, as atividades econômicas que cresceram mais foram as muito exportadoras, extrativas e agropecuária. Então, o setor externo contribuiu mais do que a demanda interna para o crescimento daquele ano. Em 2024, o setor externo está puxando para baixo, e o PIB está crescendo totalmente por causa da demanda interna. Em 2023, o PIB tinha crescido 3,2%, com uma contribuição de 2,0% do setor externo e de 1,3% da demanda interna.
O PIB de 2024 não cresceu muito distante da taxa de 2023, mas a composição do crescimento foi completamente diferente. Em 2024, se vê claramente a contribuição negativa do setor externo, com as importações crescendo muito mais do que as exportações. As atividades que mais exportam não foram muito bem. No ano de 2024, as exportações cresceram 2,9%, enquanto as importações saltaram 14,7%. Quanto às principais atividades exportadoras, as extrativas tiveram um modesto avanço de 0,5% no ano, e a agropecuária encolheu 3,2%, sob impacto de problemas climáticos. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, as exportações encolheram 1,3% no quarto trimestre de 2024, enquanto as importações diminuíram 0,1%. A perda de fôlego nas importações ao fim do ano refletiu tanto a desvalorização do Real ante o dólar quanto a própria queda no consumo das famílias, que reduziram a demanda por importados.
Segundo o Ministério do Planejamento, o crescimento de 3,4% do PIB em 2024, acima das projeções de mercado, marca o quarto ano consecutivo de crescimentos após a pandemia de Covid-19 e se destaca pelos investimentos em taxas positivas. O crescimento da Indústria e dos Serviços foi o destaque no lado da oferta. Na ótica da demanda, todos os componentes registraram variação positiva: o consumo das famílias acumulou alta de 4,8%; o consumo do governo com expansão de 1,9% e o investimento mantendo taxas positivas no acumulado em quatro trimestres, pela segunda vez consecutiva. Entre 2022 e 2024, o PIB brasileiro cresceu em todos os trimestres. Além disso, também foi ressaltado o PIB per capita, que variou em termos reais em 3% na passagem de 2023 para 2024. Ainda sobre o resultado de 2024, o bom desempenho de Serviços e Indústria compensou a queda na agropecuária.
O desempenho negativo da agropecuária foi decorrente dos efeitos climáticos adversos que impactaram várias culturas importantes da lavoura, com queda na estimativa anual de produção e perda de produtividade. Em relação ao crescimento de 7,3% na formação bruta de capital fixo, uma proxy para investimento, houve aumento tanto da produção interna de bens de capital quanto de sua importação, além da expansão da Construção e do Desenvolvimento de Software. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, destacou o avanço de 3,4% do PIB em 2024, que veio muito acima das projeções de mercado do início do ano. O boletim Focus chegou a apontar crescimento de 1,59% da economia no ano passado. O Brasil segue crescendo acima das expectativas. O resultado da indústria, uma alta de 3,3%, e de serviços, de 3,4%, que impulsionaram a economia. O recuo de 3,2% da agropecuária foi avaliado como um reflexo das adversidades climáticas, como as inundações no Rio Grande do Sul. “Mas este ano o agro vem com tudo!", ressalta a ministra.
Ela ainda destacou o PIB per capita no País, que fechou o ano passado em R$ 55.247,45, um crescimento de 3% em termos reais. Significa aumento da renda média do brasileiro. Segundo o Ministério da Fazenda, o crescimento da economia brasileira no ano passado refletiu impulsos positivos vindos do mercado de trabalho e crédito, além de políticas de estímulo ao desenvolvimento produtivo e sustentável. O maior ritmo de crescimento no ano passado aconteceu mesmo diante da desaceleração verificada no quarto trimestre, quando o PIB cresceu 0,2% na comparação trimestral. O que surpreendeu neste dado em relação às projeções foi a desaceleração da indústria e serviços. O resultado veio abaixo das previsões de mercado. Comparativamente ao terceiro trimestre, houve desaceleração no ritmo de crescimento. O resultado observado para o PIB da indústria ficou abaixo do esperado, repercutindo menor crescimento da indústria extrativa e de transformação comparativamente ao projetado, além da retração em eletricidade e gás, água, esgoto.
As atividades mais sensíveis ao ciclo monetário e de crédito contribuíram em maior magnitude para explicar a expansão da atividade no quarto trimestre, com destaque para as contribuições vindas da indústria de transformação, construção e comércio. Em contrapartida, a contribuição de componentes menos cíclicos foi negativa, repercutindo o desempenho da agropecuária e de atividades financeiras. Sobre 2024, o crescimento pelo lado da demanda foi impulsionado pelo bom desempenho da absorção doméstica. O consumo das famílias avançou de 3,2% em 2023 para 4,8% em 2024, amparado pelo avanço da massa de rendimentos e das concessões de crédito. A formação bruta cresceu 7,3%, se recuperando do recuo de 3,0% em 2023, impulsionada principalmente pela forte expansão na produção e importação de máquinas e equipamentos. Apenas o consumo do governo desacelerou, crescendo 1,9% em 2024, ante 3,8% em 2023. No acumulado de 2024, a taxa de investimento ficou em 17,0%, ante 16,4% no ano anterior.
O PIB agropecuário recuou 3,2% principalmente devido a menores colheitas de soja e milho. Em contrapartida, o indicador da indústria, amparado pelo forte crescimento da transformação e da construção, subiu 3,3%, de 1,7% em 2023. O ritmo de crescimento do PIB de serviços também aumentou, passando de 2,8% em 2023 para 3,7%, impulsionado por serviços prestados às famílias, pelo comércio e por serviços de informação e comunicação. Em 2024, o maior ritmo de crescimento refletiu impulsos positivos vindos do mercado de trabalho e crédito, além de políticas de estímulo ao desenvolvimento produtivo e sustentável. O forte crescimento da absorção doméstica estimulou as importações, que cresceram 14,7% em 2024, ante recuo de 1,2% em 2023. Entre os destaques nas compras estão os produtos agropecuários, de bens de consumo semiduráveis e duráveis e de bens de capital. Já as exportações desaceleraram de 8,9% em 2023 para 2,9% em 2024, sendo afetadas pelo pior desempenho da agropecuária e da indústria extrativa.
Sobre o último trimestre de 2024, o Ministério da Fazenda ressaltou ainda que o PIB de serviços também registrou expansão inferior à esperada, influenciado, principalmente, pela queda em serviços de informação e comunicação e atividades financeiras. Por outro lado, o PIB agropecuário veio em linha com as projeções. Pela ótica da oferta, no quarto trimestre o setor agropecuário apresentou queda de 2,3%, ante queda de 1,1% no terceiro trimestre; a indústria avançou 0,3%, de alta de 1,0% no trimestre anterior; e o setor de serviços registrou expansão de 0,1%, ante alta de 0,7% no terceiro trimestre. Pela ótica da demanda, houve queda da absorção doméstica no quarto trimestre, mitigada parcialmente pela contribuição positiva do consumo do governo e da formação bruta de capital. A taxa de investimento caiu de 17,6% para 17,1% do terceiro para o quarto trimestre, refletindo a menor expansão da formação bruta de capital fixo comparativamente ao avanço do PIB em valores correntes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.