06/Mar/2025
Segundo a Fitch, agência de classificação de risco, em meio a anúncios de tarifas comerciais, retaliações e deportações em massa dos Estados Unidos, os países da América Latina enfrentam crescentes incertezas externas em 2025. Para complicar, os países da região estão com alcance limitado para responder com estímulos fiscais e monetários. Ameaças de tarifas dos Estados Unidos e políticas de imigração apresentam riscos ao crescimento da América Latina. Dólar mais forte e juros elevados nos Estados Unidos por mais tempo devem elevar os custos de empréstimos para governos e empresas da região, além de poder pressionar as moedas e fazer os bancos centrais ficarem mais cautelosos.
Esse quadro de aumento de incertezas externas e alta dos encargos da dívida em determinados países pode causar um acúmulo de pressões de crédito negativas, embora a maioria das perspectivas de classificação atualmente seja "estável", como a do Brasil. Dos países da região, cinco têm perspectivas "positivas" para o rating (Aruba, Costa Rica, República Dominicana, Guatemala e Jamaica) e nenhum tem perspectiva "negativa". Em termos de perspectiva de crescimento para a América Latina, a retomada da Argentina vai contribuir para uma pequena aceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) regional em 2025, para 2,2%.
O México enfrenta sérios riscos devido ao crescente protecionismo comercial dos Estados Unidos. Para o Brasil, a expectativa é que o crescimento vai ter desaceleração diante da crescente inflação, aperto monetário e incertezas fiscais. Brasil, Bolívia, Colômbia e Panamá têm os maiores déficits fiscais previstos para 2025. O ambiente de crescimento moderado das economias, preços de commodities mais suaves, pressões de gastos sociais e alívio limitado de taxas de juros estão "nublando as perspectivas de consolidação fiscal" para a região. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.