03/Mar/2025
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 6,1 pontos em fevereiro, a 110,8 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o IIE-Br manteve a tendência de alta ao avançar 0,2 ponto, alcançando 114,4 pontos. O Indicador de Incerteza Econômica acomodou as altas registradas nos três meses anteriores e retorna à faixa dos 110 pontos. Durante fevereiro, o peso das incertezas externas foi atenuando, à medida em que o governo de Donald Trump nos Estados Unidos adotava menos medidas extremas no terreno comercial do que se previa.
No front doméstico, o tema fiscal perdeu destaque no noticiário após a definição do orçamento para 2025 e os ajustes de expectativas com o pacote de cortes anunciado no final de 2024. Apesar do recuo no mês, o IIE-Br continua em nível de incerteza moderadamente elevada. O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Parece haver uma maior convergência dos rumos da inflação e taxa de juros para o ano, quadro que impulsionou a queda do componente de Expectativas. O componente de Mídia caiu 3,1 pontos, para 113,6 pontos, contribuindo positivamente com 2,7 pontos para a queda do índice agregado. O componente de Expectativas caiu 15,8 pontos no mês, para 94,8 pontos, menor nível desde abril do ano passado, contribuindo de forma negativa com 3,4 pontos para o resultado de fevereiro. A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.