28/Feb/2025
Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, com base no boletim Indicadores do Agronegócio do RS, produzido pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, o agronegócio do Rio Grande do Sul faturou US$ 15,8 bilhões com exportações no ano passado, recuo de 2,4% ante 2023, quando o valor bateu recorde. O último trimestre do ano passado garantiu um "reforço" no resultado, tendo apresentado o melhor desempenho da série para o período, com US$ 4,7 bilhões em vendas, alta de 13,8% ante igual período de 2023. A queda nas exportações de cereais (de -23,9%, para US$ 11,2 bilhão), carnes (de -9,6%, para US$ 2,3 bilhões) e máquinas agrícolas (de -32,5%, para US$ 372,42 milhões) foi preponderante para o resultado. Houve leve recuo nas vendas externas do complexo soja, principal segmento da pauta de exportações do Estado.
O Rio Grande do Sul faturou, em 2024, 0,8% menos com as exportações deste segmento, somando US$ 6,31 bilhões. Entre os destaques positivos, figuram os segmentos de fumo e seus produtos (total de US$ 2,74 bilhões, +10,2%) e produtos florestais (US$ 1,354 bilhão, +9,1%). Em relação à soja, houve uma concentração mais expressiva das vendas externas no último trimestre do ano, em comparação a 2023. Além do apetite chinês, a desvalorização do Real e a elevação dos prêmios de exportação podem ter contribuído para o aumento das exportações da soja em grão nesse período. No último trimestre do ano, o Rio Grande do Sul exportou US$ 2,71 bilhões, ou 11,2% mais no complexo soja. No acumulado do ano, no complexo soja, a redução nas vendas de farelo de soja (total de US$ 1,44 bilhão; -20,6%) e óleo de soja (total de US$ 302,72 milhões; -35,3%) foram determinantes para a leve baixa dos números gerais do segmento. Nos cereais, farinhas e preparações, a redução nas vendas de milho (-89,9%), trigo (-23,6%) e arroz (-10,6%) explicam o resultado final.
A menor produção doméstica, somada à recuperação da oferta nos Estados Unidos e ao retorno de grandes exportadores, como Argentina e Ucrânia, reduziu a competitividade do milho brasileiro no mercado internacional. Além disso, a elevação dos estoques e da produção mundial pressionou os preços internacionais, desestimulando as negociações externas. No setor de carnes, a queda no valor exportado em 2024 (menos US$ 245,7 milhões; -9,6%, para US$ 2,3 bilhões) foi influenciada principalmente pela expressiva redução nas exportações para a China (menos US$ 313,9 milhões; -49%). A queda para a China concentrou-se na carne suína (menos US$ 198,4 milhões; -52,2%), mas também foi significativa na carne de frango (menos US$ 72,8 milhões; -49,6%) e na carne bovina (menos US$ 42,7 milhões; -37,7%). Porém, a diversificação dos destinos, com destaque para Filipinas e Chile, ajudou o setor a atenuar a queda nas remessas para a China, especialmente da carne suína. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.