28/Feb/2025
O Ministério do Comércio da China criticou nesta quinta-feira (27/02) as novas ameaças tarifárias do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre importações de cobre e embarcações internacionais que entrem em território norte-americano. A autoridade reiterou que se opõe a medidas unilaterais e que atuará para "proteger seus direitos e interesses legítimos". As investigações sobre cobre vão prejudicar o sistema de comércio multilateral baseado em regras e interromper a estabilidade das cadeias globais de produção e oferta.
A China é um importador líquido de cobre refinado e exporta apenas uma pequena quantidade de produtos de cobre. A acusação de que a China usa subsídios e capacidade excessiva para minar a concorrência é insustentável. A China exortou os Estados Unidos a interromperem as investigações o mais rápido possível. Sobre possíveis tarifas em embarcações internacionais, o Ministério do Comércio acusou os Estados Unidos de tomarem medidas protecionistas sob o argumento de "segurança nacional", violando regras internacionais da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Se os Estados Unidos insistirem em colocar taxas sobre portos (e navios), vão impulsionar os custos de frete globais e ampliar a pressão inflacionária doméstica em seu país, enfraquecendo a competitividade global de bens norte-americanos e prejudicando o interesse de consumidores e negócios dos Estados Unidos, isso causará um "efeito rebote" múltiplo para a economia norte-americana. A China está disposta a resolver as diferenças por meio do diálogo e pediu que os Estados Unidos respeitem o sistema de comércio multilateral.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que aplicará tarifa adicional de 10% sobre bens importados da China. "Será 10% + 10%", enfatizou Trump sobre a tarifa para bens da China. Ele citou que a tarifa adicional é uma resposta à falta de progresso no controle do fluxo de drogas da China para o território norte-americano. A tributação suplementar responde à falta de uma proposta para conter a oferta de fentanil por parte da China nos Estados Unidos. A falta de progresso foi a razão pela qual ainda não houve conversa direta entre Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping. Trump citou avanços na relação com a China, mas não em relação ao fluxo de drogas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.