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25/Feb/2025

Banco do Brasil: PIB Agro deve crescer 6% em 2025

O Banco do Brasil (BB) prevê crescimento de 6% no Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária neste ano, enquanto o PIB nacional deve avançar 2,2%. A expectativa é que o setor agropecuário cresça a uma média de 3% ao ano de 2026 a 2029. Devendo ser este o segmento de maior dinamismo na economia brasileira neste ano. O resultado deve vir após a retração de 2,5% no PIB da agropecuária no ano passado. Em novembro, a estimativa era de alta de 5,3% no PIB agro neste ano e queda de 1% no ano passado. Para a indústria, o Banco do Brasil prevê aumento de 1,9% do PIB neste ano, próximo à alta projetada de 1,7% para o PIB do setor de serviços.

O melhor desempenho da agropecuária neste ano deve-se sobretudo à combinação da expectativa de uma safra recorde de grãos ao aumento na produção de aves e suínos. A projeção para o PIB agro neste ano considera a mais recente projeção da safra brasileira de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2024/2025, de 325,7 milhões de toneladas, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também prevê a maior colheita da história. Com a melhora climática desde meados de 2024, devido ao fim do El Niño e ao atraso do La Niña, o otimismo na produção de grãos, cereais e oleaginosas no Brasil se confirma.

O La Niña vem se manifestando em intensidade fraca e com impacto limitado em alguns locais, como o Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. A duração do fenômeno climático até maio deste ano deve levar a chuvas abundantes na maior parte das Regiões Centro-Oeste e Norte, além de bons volumes na Região Sudeste. Em termos de avanço na produção, a Região Sul se destaca com a maior expansão em relação à safra anterior (15,4%), seguido pela Região Sudeste (10,8%) e Região Centro-Oeste (10,1%). Por outro lado, os menores níveis de crescimento são esperados nas Regiões Nordeste (9,8%) e Norte (3,6%). As Regiões Centro-Oeste e Sul concentram, respectivamente, 48,9% e 27,8% da produção nacional.

Em relação à perspectiva de preços, a demanda deve permanecer elevada tanto no mercado internacional quanto no doméstico. Os estoques globais de soja devem se manter confortáveis, pressionando os preços para baixo. Por outro lado, é esperado que os estoques de milho se mantenham mais apertados devido à redução na produção dos Estados Unidos, sustentando os preços elevados. Na pecuária, a projeção é de redução da produção de carne bovina em 4,9% e manutenção de preços elevados devido à forte demanda e à redução da oferta. Por outro lado, o aumento na produção de aves (+2,3%) e suínos (+3,1%) deve atenuar, em alguma medida, os impactos da queda esperada na bovinocultura sobre a oferta de proteína animal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.