21/Feb/2025
Segundo o Banco do Brasil, a inadimplência do agronegócio está em linha com a média histórica, se excluídos os efeitos de recuperações judiciais. Estes processos respondem por 0,5% dos 2,5% de inadimplência dessa carteira no banco. Os outros 2%, se analisar o histórico e a sazonalidade do agro, em anos de produtividade como 2024, essa inadimplência está dentro da média histórica. O banco espera que os riscos do setor se acomodem ao longo deste ano, diante de uma safra que deve ser recorde e do crescimento do PIB do agro. Além disso, o Banco do Brasil tem atuado para frear os pedidos de RJ no setor, que tem regras diferentes dos demais. Foram 60 RJs a mais no quarto trimestre, chegando a 270 entre os clientes do banco, após um volume mais acelerado no trimestre anterior.
A carteira do Banco do Brasil no setor alcançou R$ 400 bilhões já neste começo de ano, e vai distribuir todos os recursos do Plano Safra. A carteira de agro alcançou R$ 400 bilhões com uma inadimplência de 2,5%. Quem for analisar vai precisar ter muito dado técnico e uma previsão muito pessimista, inclusive de colapso mundial, para falar em falta de qualidade. Os bancos privados não conseguem ter no agro a mesma presença do Banco do Brasil, que é líder no setor, mesmo com os investimentos que têm feito. Para eles, o agro é ‘pop’ agora, mas para o Banco do Brasil, o agro é ‘pop’ há bastante tempo. A previsão é de que a inadimplência da carteira de crédito ao agronegócio deve cair este ano. O faturamento do agro deve crescer em 2025, em linha com a expectativa de uma safra recorde.
Mas, é necessário acompanhar fatores de mercado para prever o efeito que isso terá nas margens da modalidade. Ainda há um contexto de pressão de preço em duas commodities principais, a soja e o milho, onde muitas vezes, principalmente em produtores que expandiram muito na Região Centro-Oeste, a margem que essas culturas proporcionam não é suficiente para a desalavancagem desses produtores. Por isso, a ideia é entregar soluções que caibam na margem dos produtores em 2025 e acompanhar a perspectiva de melhora dessas margens ao longo do ano. É preciso estruturar soluções que permitam o pagamento desse custeio, que garantam o ciclo de atividade para a próxima safra e que, gradativamente, vá reduzindo a alavancagem do produtor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.