20/Feb/2025
Em um dia sem notícias de impacto na área econômica, o dólar fechou esta quarta-feira (19/02) em alta ante o Real e novamente acima dos R$ 5,70, acompanhando o viés positivo para a moeda norte-americana no exterior, em meio a novas ameaças de imposição de tarifas pelos Estados Unidos. O dólar fechou em alta de 0,65%, a R$ 5,72, após ter registrado na véspera a menor cotação deste ano, de R$ 5,68. Em 2025, a moeda norte-americana acumula queda de 7,33%. Na terça-feira (18/02), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pretende impor tarifas sobre automóveis “em torno de 25%” e taxas de importações semelhantes sobre semicondutores e produtos farmacêuticos. Na sexta-feira (14/02), Donald Trump já havia dito que as tarifas sobre automóveis seriam aplicadas em 2 de abril.
A possibilidade de acirramento da guerra comercial, vista como um fator inflacionário para os Estados Unidos, que poderia levar a juros mais altos, deu força ao dólar ante diversas divisas. No Brasil, a moeda norte-americana à vista marcou a cotação máxima de R$ 5,73 (+0,79%). No entanto, as cotações perderam força no Brasil e chegaram a recuar no começo da tarde, marcando a menor cotação do pregão, de R$ 5,68 (-0,10%). Um dos motivos para a volatilidade do dólar ante o Real foi uma grande operação realizada por investidor estrangeiro no mercado futuro, comprando grande lote de moeda no início da sessão e vendendo posteriormente. Completada a operação, o dólar voltou a subir ante o Real, alinhando-se novamente ao exterior.
No Brasil, alguns agentes também aproveitaram os recuos mais recentes do dólar para realizar lucros, comprando moeda, em sintonia com a realização vista nos mercados de ações e de DIs (Depósitos Interfinanceiros). O Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025. O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 2,335 bilhões em fevereiro até o dia 14, com saída de US$ 1,628 bilhão pela via financeira e saída de US$ 707 milhões pela via comercial. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,17%, a 107,180. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.