19/Feb/2025
Segundo relatório da KPMG, o agronegócio teve o maior número de fusões e aquisições dos últimos cinco anos em 2024. De janeiro a dezembro de 2024, foram efetuadas 12 operações, com destaque para as áreas sucroalcooleira e de fertilizantes. Esse número é 140% maior que o apurado em 2023, quando foram realizadas 5 transações. Em 2022, houve 11 negócios no setor, em 2021 e 2020 foram 9 operações em cada ano. Essa performance do segmento de fertilizantes era esperada, dado que é uma atividade intensiva em capital e exposta a riscos de contrapartes, particularmente em um contexto de aumento de recuperações judiciais na agropecuária.
De acordo com o estudo, das 12 operações concretizadas de janeiro a dezembro de 2024, 5 foram domésticas, ou seja, realizadas entre empresas brasileiras; 3 envolveram estrangeiros adquirindo capital de companhia estabelecida no País; 3 foram feitas por brasileiros comprando de estrangeiros outra empresa estabelecida no Brasil; e 1 concretizada por estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no mercado brasileiro. Entre as transações mais conhecidas estão a que envolveu a compra, em junho, pela britânica BP da fatia de 50% da Bunge na joint venture que possuíam na BP Bunge Bioenergia no Brasil.
Outra operação envolveu a gestora Aqua Capital, que assumiu o controle da Solubio, do mercado de agricultura regenerativa, por R$ 100 milhões, em agosto. No começo do ano, a empresa israelense de minerais e fertilizantes especiais ICL comprou a brasileira Nitro 1000, por US$ 30 milhões. Em agosto, a Agrion acertou uma captação de até US$ 50 milhões com o Fundo Global para Recifes de Corais, que tem como principal cotista o Green Climate Fund (GCF), e o fundo norte-americano Pegasus entrou como minoritário.
No mesmo mês, a AgroGalaxy aumentou sua participação de 80% para 90% na Agrocat, de insumos agrícolas. A pesquisa da KPMG apontou que o Brasil registrou 1.582 fusões e aquisições de empresas de todos os segmentos da economia em 2024, uma alta de 5% na comparação com 2023. As operações domésticas entre organizações brasileiras (981) lideraram essas transações, seguidas de transações de empresas de capital majoritariamente estrangeiro (394) que adquiriram, de brasileiros, capital daquelas estabelecidas no Brasil. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.