18/Feb/2025
Os títulos para o financiamento do agronegócio com recursos privados somaram R$ 1,242 trilhão em estoques ao fim de janeiro. O avanço é de 26% em um ano, de janeiro de 2024 a janeiro de 2025, segundo dados do "Boletim de Finanças Privadas do Agro" do Ministério da Agricultura. Há um ano, os estoques de Cédulas de Produto Rural (CPR), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro) haviam somado R$ 984,55 bilhões. Em dezembro, o estoque era de R$ 1,225 trilhão. O maior crescimento foi reportado no estoque de Cédulas de Produto Rural (CPRs), que cresceu 55% em janeiro ante igual mês do ano anterior, de R$ 309,61 bilhões para R$ 479,77 bilhões. Já o tíquete médio dos títulos caiu 4% na comparação anual, de R$ 1,42 milhão para R$ 1,37 milhão.
Na comparação entre as safras, o crescimento do estoque de CPRs foi ainda mais expressivo, de 70% de julho a janeiro da temporada 2024/25 ante 2023/24, passando de R$ 143,25 bilhões para R$ 243,77 bilhões registrados, o que demonstra o maior acesso do produtor rural por títulos privados em detrimento ao crédito oficial. Outro destaque do mês foi o avanço de 20% no estoque dos Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs), a R$ 37,04 bilhões ao fim de janeiro. Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), por sua vez, subiram 18%, para um estoque de R$ 153,19 bilhões em janeiro. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) apresentaram alta de 11% nos estoques na comparação anual, a R$ 529,87 bilhões, mostrando um desempenho "mais contido" desde o início do ano.
A LCA é hoje a principal fonte de recursos livres direcionados à concessão de crédito rural. Do total, pelo menos R$ 264,93 bilhões foram reaplicados no financiamento rural, 11% mais que um ano antes. O patrimônio líquido dos Fiagros era de R$ 42,47 bilhões ao fim de dezembro, dados mais recentes, avanço anual de 12%, em 121 fundos administrados, distribuído em 44,8% em fundos imobiliários, 40,1% em fundos de participações e 15,1% em direitos creditórios. O levantamento de títulos do agronegócio é feito pela Coordenação-Geral de Instrumentos de Mercado e Financiamento, do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. O balanço considera dados da B3, CERC e CRDC, Anbima, Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.