11/Feb/2025
IPCA
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 17ª semana consecutiva, de 5,51% para 5,58% - 1,08 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, era de 5,00%. Considerando apenas as 61 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 5,58% para 5,51%. A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo. Na última ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) assumiu que o cenário para a inflação de curto prazo está adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industrializados, por sua vez, são pressionados pelo movimento do câmbio.
Já a mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela sétima semana seguida, de 4,28% para 4,30%. Um mês antes, estava em 4,05%. Considerando apenas as 41 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção caiu de 4,28% para 4,23%. O Copom aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%, na reunião de janeiro, e afirmou que a sua decisão é "compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante." O colegiado voltou a sinalizar que vai elevar os juros em mais 1 ponto, a 14,25%, no encontro de março. O horizonte relevante do Banco Central é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,2%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima. A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, patamar em que está há cinco semanas. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,74% para 3,78%, o quinto aumento consecutivo, ante 3,56% um mês antes.
SELIC
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu estável pela quinta semana consecutiva, em 15,00%. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou os juros de 12,25% para 13,25%. O colegiado reiterou a sinalização de mais uma alta de 1 ponto porcentual, a 14,25%, na sua próxima reunião, de março. Considerando apenas as 71 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 passou de 15,13% para 15,25%. A mediana para os juros no fim de 2026 permaneceu em 12,50%. Um mês antes, era de 12,0%.
Levando em conta apenas as 69 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 12,63% para 12,50%. A estimativa intermediária para o fim de 2027 passou de 10,38% para 10,50%, ante 10,25% quatro semanas antes. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela sétima semana consecutiva. Na ata da reunião de janeiro, o Copom afirmou que a elevação dos juros é "compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante." O colegiado espera inflação de 5,2% em 2025 e de 4,0% no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante da política monetária.
PIB
A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 passou de 2,06% para 2,03%. Um mês antes, estava em 2,02%. Considerando apenas as 42 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 2,06% para 2,01%. A estimativa intermediária para 2026 passou de 1,72% para 1,70%. Um mês atrás, era de 1,80%. Levando em conta apenas as 38 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,72% para 1,70%. A mediana para o crescimento do PIB de 2027 se manteve em 1,96%, de 2,00% há um mês. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,0%, como já está há 48 semanas. O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 3,50% em 2024 e 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
DÓLAR
As medianas do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 e 2026 permaneceram em R$ 6,00, pela quinta e quarta semanas consecutivas, respectivamente. A projeção para o fim de 2027 se manteve em R$ 5,93, enquanto a estimativa intermediária para o fim de 2028 oscilou de R$ 6,00 para R$ 5,99. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.