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10/Feb/2025

Recuo de commodities arrefece inflação no atacado

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,11% em janeiro, após uma elevação de 0,87% em dezembro. Com o resultado, o IGP-DI acumulou avanço de 7,27% em 12 meses. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 0,03% em janeiro, ante uma alta de 1,08% em dezembro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,02% em janeiro, após aumento de 0,31% em dezembro. O INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,83% em janeiro, depois da alta de 0,50% em dezembro. O recuo nos preços de grandes commodities arrefeceu a inflação no atacado medida pelo IGP-DI de janeiro. Em janeiro, houve trégua da soja em grão (-6,58%), minério de ferro (-0,85%), carne bovina (-2,58%), suínos (-8,81%) e milho em grão (-1,66%). Por outro lado, foram registradas pressões do café em grão (7,44%), bovinos (1,22%) e café torrado e moído (15,14%).

A queda nos preços de commodities essenciais, como soja, minério de ferro e milho, contribuiu para a desaceleração da inflação ao produtor. A queda nos preços de alimentos processados no IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) pode sinalizar uma desaceleração futura no IPC (Índice de Preços ao Consumidor). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) passou de uma alta de 1,08% em dezembro para uma elevação de 0,03% em janeiro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais desacelerou de 0,79% em dezembro para 0,04% em janeiro. A taxa do grupo Bens Intermediários avançou para 1,22% em janeiro, ante 0,92% em dezembro. O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,74% em janeiro, após registrar alta de 1,52% em dezembro. Os recuos nos preços da energia elétrica (-13,58%) e da passagem aérea (-17,43%) desaceleraram a inflação no varejo medida pelo IGP-D) em janeiro. Na direção oposta, no ranking de principais pressões individuais sobre a inflação, figuraram o curso de ensino fundamental (7,27%), curso de ensino superior (5,62%), tarifa de ônibus urbano (6,51%), tomate (23,43%) e café em pó (9,60%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,31% em dezembro para uma elevação de 0,02% em janeiro. Três das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Habitação (de -0,46% em dezembro para -2,43% em janeiro), Despesas Diversas (de 0,53% para 0,26%) e Vestuário (de 0,33% para 0,22%). Por outro lado, as taxas foram mais elevadas nos grupos Transportes (de 0,33% para 0,83%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,34% para 0,66%), Alimentação (de 1,14% para 1,22%), Comunicação (de -0,01% para 0,01%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,17% para 0,18%). O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,48% em janeiro, após um aumento de 0,33% em dezembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 64,19% em dezembro para 74,84% em janeiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.