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07/Feb/2025

Guerra comercial: impactos no PIB global e inflação

O Bradesco avalia que uma guerra comercial, com a adoção de uma tarifa universal de 25% entre todos os países, poderia reduzir 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) global e elevar em 4,5% a inflação mundial em quatro anos. Apesar de a perspectiva, em um primeiro momento, ser de um possível impacto positivo das tarifas na economia global, reações de retaliação em cadeia ao aumento de tarifas promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como as realizadas recentemente por Canadá, México e China, poderiam ter impactos bastante negativos para a economia global.

A redução do PIB, por exemplo, resultaria em uma redução de crescimento médio de 0,9% ao ano, sendo o pior desempenho desde a pandemia, além de ser inferior à média de expansão de 3,2% da última década. Com a perda de eficiência e o "peso morto" da adoção de medidas protecionistas, o desemprego aumentaria em 2,5% em quatro anos. As estimativas parecem representar o pior cenário em termos de tarifação, mas trazem um parâmetro de onde uma disputa retaliatória no comércio mundial pode levar. Segundo o Rabobank, as ameaças de tarifas dos Estados Unidos durarão anos, criando muita incerteza.

As tarifas não são apenas ferramentas de política comercial do presidente Donald Trump, mas estratégias de negociação. Os recursos decorrentes das tarifas serão usados para despesas do governo, sobretudo as obrigatórias. Com isso, caso efetivamente impostas, as tarifas tendem ser mantidas diante desse propósito. As tarifas são eficazes como ferramentas para o governo norte-americano conseguir que alguns de seus interesses sejam atendidos. O consumo norte-americano responde por 30% do total global, o que faz com que o país esteja no "banco de direção". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.