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06/Feb/2025

UE: investidores querem transparência ambiental

O Institutional Investors Group on Climate Change (IIGCC), o European Sustainable Investment Forum (Eurosif) e os Principles for Responsible Investment (PRI), juntamente com mais 162 investidores, assinaram uma carta endereçada à Comissão Europeia para pedir que seja mantida a integridade das normas que compõem as Finanças Sustentáveis da União Europeia. Os signatários se dizem preocupados com um projeto de lei que alteraria pontos fundamentais da legislação. A União Europeia considera finanças sustentáveis aquelas que ajudam no desenvolvimento econômico, ao mesmo tempo em que aliviam a pressão sobre o meio ambiente. Assim, auxiliam a atingir os objetivos do European Green Deal.

O Bloco estuda um pacote de lei que pretende aumentar a competitividade da União Europeia por meio da simplificação da legislação ambiental. A proposta é que se revisem: o EU Taxonomy, que ajuda a classificar atividades econômicas que contribuam para o objetivo de carbono zero; o Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD), que obriga as grandes empresas a compartilharem informações sobre riscos sociais e ambientais; e o Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDDD), que visa fomentar comportamentos corporativos sustentáveis nas empresas.

Os signatários da carta apontam que as políticas ajudam os investidores a gerenciarem riscos e identificar oportunidades, de modo a reorientar o capital para uma economia mais competitiva e que possa alcançar o objetivo de carbono zero. A transparência trazida pelas medidas em questão está começando a ter impacto agora. Empresas e participantes do mercado financeiro precisam de estabilidade política de longo prazo para apoiar seus esforços de implementação. Os investidores apoiam o objetivo de simplificar a legislação para melhorar a competitividade das empresas do bloco.

Porém, ponderam que, para isso, o melhor caminho está na simplificação de normas técnicas, não na alteração da legislação de transparência ambiental. Para os grupos que protestam, essa transparência é exatamente o que ajuda a informar os investidores para tomarem melhores decisões. A Eurosif aponta que faltam € 800 bilhões anualmente para a União Europeia atingir seus objetivos de descarbonização. O capital privado é necessário para preencher essa lacuna.

Para desempenhar seu papel, os investidores precisam de divulgações corporativas de qualidade, confiáveis e comparáveis, inclusive sobre riscos e impactos de sustentabilidade. Além disso, o retrocesso traria instabilidade regulatória, o que preocupa os investidores. Após anos de volatilidade regulatória significativa em relação aos fatores ESG, os investidores insistem na necessidade de estabilidade. Essa estabilidade é crucial para investimentos de longo prazo e para incorporar considerações ESG em decisões de investimento sólidas, defende o banco DPAM. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.