05/Feb/2025
O Ministério do Comércio da China anunciou nesta terça-feira (04/02) a imposição de tarifas sobre diversos produtos fabricados nos Estados Unidos, em contraposição à taxação de bens chineses em 10% anunciada no 1º de fevereiro pelo presidente norte-americano, Donald Trump. O carvão e o gás liquefeito serão taxados em 15%, enquanto o petróleo, as máquinas agrícolas e os veículos de grande potência norte-americanos terão tarifas de 10%. A imposição de tarifas sobre alguns produtos dos Estados Unidos vai entrar em vigor no dia 10 de fevereiro. As tarifas são uma resposta direta à taxação de 10% imposta aos produtos chineses pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no sábado.
O Ministério do Comércio da China também anunciou que vai ampliar o controle da exportação de tungstênio, telúrio, bismuto, molibdênio e índio. O comunicado não cita nenhum país em específico, mas a iniciativa surgiu em meio às medidas retaliatórias contra os Estados Unidos, como a imposição de tarifas de 10% e 15% sobre determinados produtos e a abertura de uma investigação antitruste contra o Google. Os metais que passarão a ter as exportações controladas pela China são utilizados por diversas indústrias. O molibdênio, por exemplo, é utilizado para tornar o aço mais forte e menos propenso à ferrugem, enquanto o telúrio é um componente dos painéis solares. O controle da exportação dos minerais críticos começou a valer nesta terça-feira (04/02).
Para a Capital Economics, as medidas retaliatórias da China contra os Estados Unidos são bastante modestas e foram claramente calibradas para enviar uma mensagem ao governo norte-americano sem causar muitos danos. Porém existe o risco de que a retaliação vire um ‘tiro pela culatra’ que pode encorajar Donald Trump a intensificar a ofensiva tarifária. Os líderes chineses provavelmente esperam seguir os passos de Canadá e México e chegar a um acordo de última hora com os Estados Unidos. No entanto, as diferenças econômicas e políticas entre China e Estados Unidos são bem mais profundas do que as dos Estados Unidos com os países vizinhos, o que torna uma reversão das agressões tarifárias "mais desafiadora". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.