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04/Feb/2025

Dólar fecha em baixa pela 11ª sessão consecutiva

O dólar fechou em baixa ante o Real pela 11ª sessão consecutiva nesta segunda-feira (03/02), na maior sequência de quedas em 20 anos, após os Estados Unidos anunciarem um adiamento de 30 dias na aplicação de tarifas comerciais contra o México, o que pesou sobre as cotações da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes. O dólar fechou em baixa de 0,34%, a R$ 5,81, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em R$ 5,80. Apesar da variação contida em algumas sessões, desde 17 de janeiro o dólar não fecha um dia em alta. No período, o dólar acumulou uma queda de 4,11% frente ao Real. Esta é a maior sequência negativa desde o período entre 24 de março e 13 de abril de 2005, quando o dólar fechou em baixa por 14 sessões consecutivas, chegando ao valor de R$ 2,56. Em 2025 a moeda norte-americana acumula baixa de 5,88%.

O dólar iniciou a sessão em alta ante o Real com investidores reagindo à perspectiva de uma guerra comercial entre países. No sábado (1º/02), os Estados Unidos haviam anunciado tarifas de 25% sobre as importações canadenses e mexicanas e de 10% sobre os produtos da China a partir desta terça-feira (04/02), para atender a uma emergência nacional sobre o opioide fentanil e a entrada de estrangeiros ilegais no território norte-americano. O impulso vindo do exterior, somado ao fato de que o dólar havia recuado 3,78% nas dez sessões anteriores, fez a cotação da moeda norte-americana atingir o pico de R$ 5,90 (+1,20%). A mudança de trajetória da moeda norte-americana ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que vai suspender as tarifas planejadas contra o México por 30 dias e que as negociações continuarão para se chegar a um "acordo" entre os dois países.

Em uma publicação nas redes sociais após telefonema com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, Trump disse ainda que participaria das negociações. A suspensão das tarifas foi bem recebida pelo mercado e fez o dólar despencar ante o Real e ante outras moedas de emergentes, como o próprio peso mexicano. Segundo a Correparti Corretora, com Donald Trump é só emoção no mercado, tanto para cima quanto para baixo. Aém disso, o dólar a R$ 6,00 ou próximo estava muito inflado. Então é normal buscar uma taxa de equilíbrio. Na esteira do acordo entre Estados Unidos e México, o dólar marcou a cotação mínima de R$ 5,81 (-0,40%), em movimento que também favorecia o recuo das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros).

A sequência de quedas do dólar faz parte de um movimento de ajuste de posições ante o “exagero” das cotações visto no fim de 2025, em meio às preocupações com a política fiscal do governo Lula. A avaliação de que a política tarifária de Donald Trump pode não ser tão agressiva quanto o esperado durante a campanha é outro fator de alívio para as cotações, no exterior e no Brasil. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,59%, a 108,860. O Banco Central vendeu, em sua operação diária, 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 5 de março de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.