03/Feb/2025
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que as chuvas significativas registradas nas principais regiões produtoras ao longo de janeiro favoreceram o avanço do plantio e o desenvolvimento da safra de verão (1ª safra 2024/2025), apesar dos efeitos negativos na colheita dos grãos. As precipitações se intensificaram no Centro-Norte e abrangeram áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde ainda não haviam se estabilizado, favorecendo o avanço da semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de verão. Houve excesso de precipitação em algumas áreas, que prejudicaram a maturação e a colheita dos cultivos mais adiantados. Na Região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul, foi registrada restrição hídrica em algumas lavouras em virtude do menor volume de chuva. No Rio Grande do Sul, há áreas onde os acumulados de chuva foram inferiores a 10 milímetros, afetando o desenvolvimento da soja e do milho safra de verão (1ª safra 2024/2025).
Na Região Norte, o armazenamento hídrico do solo permaneceu elevado ao longo de janeiro, o que resultou em boas condições para o manejo e crescimento da primeira safra em ritmo normal de evolução das culturas. Na Região Nordeste, o início do período chuvoso contribuiu para o preparo das áreas para o plantio do milho safra de verão (1ª safra 2024/2025) e da 2ª safra de feijão. Na Região Centro-Oeste, observa-se apenas impactos negativos pontuais do excesso de chuvas em algumas áreas de soja em maturação e colheita, localizadas próximas à fronteira entre Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Na Região Sudeste, foram observadas precipitações regulares e bem distribuídas com condições, de forma geral, favoráveis às lavouras e beneficiando o desenvolvimento da soja. Em contrapartida, a Região Sul teve chuvas irregulares e mal distribuídas em janeiro, agravando áreas em déficit hídrico.
O monitoramento das lavouras indica condições favoráveis de desenvolvimento dos cultivos na maior parte dos Estados. Apesar do atraso na semeadura da soja, o índice vegetativo da safra atual se aproximou ou superou os maiores valores do índice da safra passada e da média histórica, devido ao menor escalonamento do plantio e às condições climáticas favoráveis. Contudo, em Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, observa-se uma redução ou desaceleração no crescimento do índice no último período, ocasionada principalmente pelas condições climáticas adversas. Quanto aos cultivos de lavouras irrigadas, como o arroz, as condições de desenvolvimento são boas em todos os Estados, favorecidas pela alta incidência de radiação solar. No entanto, observa-se, em parte do Rio Grande do Sul, a redução do nível dos reservatórios de água para a irrigação, necessitando realizar o aporte hídrico de forma intermitente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.