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31/Jan/2025

Preços de produtos da cesta básica poderão subir

Os produtos que fazem parte da cesta básica e apresentam uma grande relevância no consumo das famílias devem ficar ainda mais caros em 2025. A alta não será generalizada, mas itens como carne bovina, frango, café, arroz e leite devem subir com força e pesar ainda mais no bolso das famílias este ano. Em 2024, os alimentos e bebidas registraram alta de 7,69%, acima da inflação geral, que ficou em 4,83%. Este ano, a tendência de alta continua. Dentre os itens que mais puxaram a prévia da inflação em janeiro estão alimentos como as carnes (1,93%) e frango (1,99%). Além disso, cebola (4,78%), tomate (17,12%), cenoura (18,47%) e café (7.07%) tiveram aumentos expressivos de preço no mês. Existem alguns produtos que, por fatores internos e externos, estão pressionando os índices inflacionários. Podem-se citar as proteínas animais (carne bovina e de frango), café, arroz e leite longa vida.

A FIA Business School espera um aumento este ano de 7,5% na carne bovina, 20% no café, 9% na carne de frango e 5,5% no arroz. A iHUB Investimentos indica que o óleo de soja também deve ser outro protagonista da inflação devido à alta demanda e à redução da produção causada por fatores climáticos. O Brasil depende diretamente de condições climáticas favoráveis para manter sua produção agrícola. Eventos como chuvas excessivas, secas severas ou mudanças bruscas de temperatura podem prejudicar a colheita e reduzir a oferta de produtos, elevando os preços no mercado interno. Diante do aumento, o governo do presidente Lula tem estudado algumas medidas para baratear os alimentos. Embora não tenha apresentado nada concreto, os ministros têm dado alguns indicativos de medidas e ações que estão em pauta.

O governo pretende, por exemplo, reduzir o custo de intermediação das operações feitas com vales refeição e alimentação, assim como alterar as alíquotas de importação de produtos que estiverem com preços mais altos no Brasil do que no mercado internacional. O governo possui ferramentas para conter o aumento dos preços, como a redução de impostos sobre exportação e importação, incentivos à produção nacional e melhorias na infraestrutura logística. Essas medidas podem tornar a produção mais competitiva e aliviar os custos para o consumidor final. Por outro lado, ciente de que não é tributo que está onerando o preço dos alimentos, o governo não pensa em usar o espaço fiscal para a adoção de medidas voltadas à redução de preços de alimentos. O governo também descarta mudanças na data de validade de alimentos, congelamento de preço, tabelamento ou qualquer intervenção direta nos preços, assim como a concessão de subsídios a produtores.

Quando se fala em estabilidade de preços, deve-se pensar em alguns fatores. O primeiro seria um ambiente econômico mais estável. Isto poderia ser possível através de um maior controle das contas públicas com vistas a um equilíbrio fiscal. Este equilíbrio deveria propiciar uma queda da taxa básica de juros, o que por sua vez estimularia investimentos produtivos. O varejo em geral seria o grande beneficiário dessas medidas e poderia repassar isto aos consumidores, uma vez que seus custos se reduziriam. Outra medida importante seria a adoção de estoques reguladores pelo governo a fim de estabilizar a oferta em momentos de crise ou por conta de efeitos sazonais, por exemplo. Além da questão das ações governamentais, espera-se uma safra recorde em 2025, o que aumenta a oferta e reduz a pressão nos preços. Em segundo lugar, o dólar deve ter um comportamento menos volátil, uma vez que as incertezas do ano passado já não existem mais. Assim, a conjuntura econômica internacional tende a se estabilizar, bem como o comércio. Fonte: Terra. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.